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Enquanto você espera aquela encomenda atrasada da Black Friday, os Correios entregam algo que ninguém pediu: um prejuízo recorde de R$ 2 bilhões nos primeiros nove meses de 2024. É isso mesmo. A estatal, que já foi orgulho nacional (ou pelo menos, menos criticada), agora fala em “insolvência” e corre o risco de virar mais uma conta pesada para o Tesouro Nacional. Afinal, por que resolver os problemas quando se pode jogá-los no colo do contribuinte, não é mesmo?
Era Bolsonaro: entregando lucros
Voltemos no tempo, para 2021 e 2022. Nos últimos dois anos do governo Bolsonaro, os Correios estavam mais próximos de uma privatização do que de um velório financeiro. Com lucros de R$ 3,7 bilhões em 2021 e R$ 2,4 bilhões em 2022, a estatal parecia ter encontrado o caminho para o sucesso. Cortes de gastos, modernização e até boatos de drones de entrega faziam o brasileiro acreditar que, talvez, os Correios pudessem se reinventar. Spoiler: a história mudou.
Era Lula: “entrega prevista para 2050”
Com o retorno de Lula, os Correios rapidamente trocaram o “prazo garantido” por “indeterminado”. As políticas do governo atual pareciam escritas no verso de uma embalagem amassada, com medidas como:
1. Programa Remessa Conforme: Taxar compras internacionais? Ótima ideia, só que não. Resultado: queda drástica no volume de encomendas, uma das principais fontes de receita da estatal.
2. Postalis, o poço sem fundo: Dívida de R$ 7,6 bilhões? Sem problemas, joga na conta dos Correios! Afinal, o fundo de pensão já vinha afundando, e nada como um déficit monumental para apimentar a crise.
3. Teto de gastos: Agora, com um limite de R$ 21,96 bilhões, os Correios tentam economizar cortando 10% de contratos e suspendendo novas contratações. É o famoso “tapa na testa para esconder o buraco no orçamento”.
Comparativo: de lucros a rombos
2021-2022 (Governo Bolsonaro)
• Lucro acumulado: R$ 6,1 bilhões.
• Privatização em pauta, gestão enxuta e corte de excessos.
2023-2024 (Governo Lula)
• Prejuízo recorde de R$ 2 bilhões até setembro de 2024.
• Queda nas receitas, rombo do Postalis e taxação que espantou consumidores.
Se antes a encomenda era lucro, agora o remetente despacha prejuízos e incertezas.
E agora, José?
Os Correios estão literalmente no limbo: privatizar não pode, modernizar não quer, e falir ninguém assume. Enquanto isso, o brasileiro segue pagando a conta com paciência de santo e impostos de marajá. O que nos resta é assistir ao desfecho dessa novela tragicômica e torcer para que a próxima encomenda não seja um novo imposto sobre pacotes de esperança.
Correios, por favor, sejam rápidos na solução. Porque se continuar assim, nem a piada vai chegar a tempo (Para ver maior a imagem, clique nela).
Postado no Portal CM7
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