Sadi Gitz atirou contra si próprio em um hotel na Orla da Atalaia após o pronunciamento de Belivaldo Chagas (PSD-SE). Ele atuava há 30 anos no Sergipe e enfrentava crise financeira em indústria/Reprodução
O empresário Sadi Paulo Castiel Gitz, da indústria de cerâmica Escurial, cometeu suicídio na manhã desta quinta-feira, 4, durante o evento “Simpósio de Oportunidades – Novo Cenário da Cadeia do Gás Natural” em Sergipe. Estavam presentes no evento o governador do estado Belivaldo Chagas (PSD-SE) e o ministro de Minas e Energia almirante Bento Albuquerque.
Em nota oficial, o governo de Sergipe lamentou o ocorrido e confirmou o cancelamento do evento. A solenidade discutiria “aspectos relacionados à produção e oferta de gás em Sergipe, as estratégias do Governo Federal e Estadual para a área, bem como a visão de instituições e empresas envolvidas no tema”, segundo divulgação.
O advogado Paulo Roberto Dantas Brandão lamentou o suicídio do amigo pelas redes sociais e deu detalhes da morte, que recebeu por mensagens. “Um amigo me envia um zap: Sadi acaba de se suicidar. (…) Logo após a fala do governador. ‘Estava algumas fileiras sentado na plateia atrás dele’, informou-me outro amigo. ‘Depois de gritar que o governador era mentiroso, sacou a arma e se matou’, disse outro”, escreveu.
O amigo do empresário apontou os problemas financeiros que a empresa enfrentava. Dantas também afirmou que Gitz era “um cara fino, de grande cultura”. “Ainda aturdido, desisti de tentar entender as razões, as causas de um suicídio, principalmente num cara decente, trabalhador, boa gente. Só consigo imaginar que Sadi, num último grito de desespero, quis transformar seu gesto extremo em um protesto, num grand finale“, concluiu.
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Por: Veja
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