Foto: Jonathan Lins
No primeiro dia de retorno ao trabalho, após nove dias de greve, vários jornalistas da Organização Arnon de Mello (OAM) foram demitidos nesta quinta-feira (4), especificamente na TV Gazeta, G1 Alagoas e TV Mar. Até o momento, as demissões atingem 15 profissionais, entre repórteres, apresentadores, repórteres cinematográficos e produtores.
Conforme informações de bastidores, o número de demitidos na OAM pode aumentar.
A expectativa é que ocorram desligamentos também no grupo Opinião (TV Ponta Verde e site OP9) e no Pajuçara Sistema de Comunicação (PSCOM). Segundo jornalistas que trabalham nesses locais, o clima é de tensão e hostilidade entre aqueles que aderiram à greve e os que não aderiram.
Nesta quarta (3), o Tribunal Regional do Trabalho (TRT) definiu, além da manutenção do piso, com 3% de reajuste, estabilidade de três meses. A questão é que, entre as dezenas de jornalistas demitidos do jornal Gazeta de Alagoas (que deixou de ser impresso para se tornar semanário) no ano passado, a maioria ainda não recebeu os direitos trabalhistas.
Retaliações
Em nota, o Sindicato dos Jornalistas do Estado de Alagoas (Sindjornal) manifestou total solidariedade aos profissionais vítimas das retaliações - demissões ou mudança de funções - que configuram perseguição e assédio moral, dizendo entender que tal comportamento configura dano coletivo à categoria.
O Sindicato esclareceu ainda que até a publicação do Acórdão do julgamento do TRT, prevalecem os direitos de greve dos trabalhadores, e que, desde as primeiras horas da manhã desta quinta-feira, ao tomar conhecimento das ocorrências de demissões no grupo OAM, está atuando, junto aos seus advogados, com todas as providências jurídicas possíveis e adotando todas as articulações que o caso requer.
Confira a nota na íntegra:
NOTA DO SINDJORNAL
Primeiramente o Sindicato dos Jornalistas do Estado de Alagoas manifesta total e irrestrita solidariedade aos companheiros e companheiras que estão sofrendo, nas empresas, medidas retaliativas - demissões ou mudança de funções - que configuram perseguição e assédio moral, em decorrência de participação na justa greve - legalmente reconhecida pela Justiça do Trabalho - contra a tentativa de redução salarial por parte dos grandes grupos de comunicação do Estado.
Entendemos que tal comportamento configura ainda dano coletivo à categoria e à sociedade e prática antissindical, condutas estas que vão de encontro aos princípios constitucionais de direito de greve e organização sindical.
O Sindicato esclarece que até a publicação do Acórdão do julgamento do TRT, prevalecem os direitos de greve dos trabalhadores, e que, desde as primeiras horas da manhã desta quinta-feira, ao tomar conhecimento das ocorrências de demissões no grupo OAM, está atuando, junto aos seus advogados, com todas as providências jurídicas possíveis e adotando todas as articulações que o caso requer.
Ainda na tarde desta quinta-feira (às 15h) a diretoria do Sindjornal estará se reunindo com todos os profissionais demitidos, na sede do Sindicato, para as devidas orientações.
Ao mesmo tempo, convoca toda a categoria para uma assembleia extraordinária, no Sindicato dos Bancários, às 19h30 desta quinta-feira, para os devidos informes e encaminhamentos necessários.
Não esqueçamos: Nossa união é nossa força. Juntos somos fortes e vamos vencer mais essa batalha.
A DIRETORIA
Cadaminuto
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