Dados foram divulgados pelo Conselhos Federal de Medicina nesta terça-feira/Assessoria
Um levantamento feito pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) divulgado nesta terça-feira (17) apontou uma queda de aproximadamente 24 mil leitos de internação do Sistema Único de Saúde (SUS) no Brasil de 2010 a 2015. Em Alagoas, os dados mostram que houve uma redução de 466 leitos públicos, enquanto na rede privada houve um aumento de 589 vagas no estado nesse período. Em Maceió, houve uma redução de 186 leitos dos SUS e um crescimento de 486 leitos em hospitais particulares.
Para o presidente do CFM, Carlos Vital, o levantamento mostra, em números, a falta de leitos vivida diariamente por médicos e pacientes nos hospitais brasileiros, o que acaba provocando atrasos no diagnóstico e no início do tratamento, aumentando a taxa de mortalidade.
"A insuficiência de leitos para internação ou realização de cirurgias é um dos fatores para o aumento do tempo de permanência nas emergências. São doentes que acabam 'internados' nas emergências à espera do devido encaminhamento para um leito adequado, correndo riscos de contrair infecções", constata.
Enquanto os 150 milhões de brasileiros que dependem exclusivamente do SUS perderam quase 24 mil leitos desde 2010, o quantitativo na rede suplementar e nas unidades privadas aumentou em 2,2 mil o número de leitos no mesmo período. Ao todo, 17 estados elevaram o montante na rede "não SUS" até dezembro de 2015.
Nos leitos destinados a "Repouso e Observação", o estado aumentou o número de vagas de 901 em 2010 para 1.017 em 2015. Um crescimento de 116 vagas para pacientes em observação.
Por meio de nota, a assessoria da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) informou que a pasta trabalha para recuperar os leitos perdidos.
Confira na íntegra:
"A Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) informa que grande parte dos leitos citados como perdidos, na verdade foram desabilitados nos últimos anos, mas a atual gestão trabalha para reabilitá-los. Informa que, além desta medida, está trabalhando para criar novos leitos, seja por meio da construção e/ou reestruturação dos hospitais regionais de Porto Calvo, Viçosa, Delmiro Gouveia e União dos Palmares, ou através da construção do Hospital Metropolitano, Hospital de Clínicas e da Maternidade de Baixo Risco, que serão construídos em Maceió e irão assegurar um incremento de mais 800 leitos".
Por: Gazeta Web com informações do CFM
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