Pesquisador explica que o sono melhora a memória, é vital para a saúde mental, protege contra doenças neurodegenerativas, permite sonhos lúcidos e pode ser melhorado com terapias/Foto: Imagem de stefamerpik no Freepik
Vinte e seis anos. Isso é aproximadamente quanto de nossas vidas passamos dormindo. Os cientistas vêm tentando explicar por que passamos tanto tempo dormindo desde, pelo menos, os gregos antigos, mas determinar as funções exatas do sono tem se mostrado difícil.
Na última década, houve um aumento do interesse de pesquisadores pela natureza e função do sono. Novos modelos experimentais, juntamente a avanços na tecnologia e nas técnicas analíticas, estão nos proporcionando uma visão mais profunda do cérebro adormecido. Aqui estão algumas das maiores descobertas recentes na ciência do sono.
1. Sabemos mais sobre o sonho lúcido
O estudo neurocientífico do sonho não está mais à margem, agora se tornou popular.
Em um estudo de 2017, pesquisadores dos EUA acordaram seus participantes em intervalos regulares durante a noite e perguntaram a eles o que estava passando por suas mentes antes de despertarem. Às vezes, os participantes não conseguiam se lembrar de nenhum sonho. A equipe do estudo então analisou o que estava acontecendo no cérebro do participante momentos antes de acordar.
A lembrança do conteúdo do sonho pelos participantes estava associada ao aumento da atividade na “zona quente posterior”, uma área do cérebro intimamente ligada à percepção consciente. Os pesquisadores puderam prever a presença ou ausência de experiências de sonho monitorando essa zona em tempo real.
Outro desenvolvimento empolgante no estudo dos sonhos é a pesquisa sobre sonhos lúcidos, nos quais você está ciente de que está sonhando. Um estudo de 2021 estabeleceu comunicação bidirecional entre um sonhador e um pesquisador. Nesse experimento, os participantes sinalizaram ao pesquisador que estavam sonhando ao mover os olhos em um padrão pré-acordado.
O pesquisador leu problemas de matemática (quanto é oito menos seis?). O sonhador podia responder a essa pergunta com movimentos dos olhos. Os sonhadores foram precisos, indicando que tinham acesso a funções cognitivas de alto nível. Os pesquisadores usaram a polissonografia, que monitora as funções corporais, como a respiração e a atividade cerebral durante o sono, para confirmar que os participantes estavam dormindo.
Essas descobertas deixaram os pesquisadores de sonhos entusiasmados com o futuro do “sonho interativo”, como a prática de uma habilidade ou a solução de um problema em nossos sonhos.
2. Nosso cérebro repete memórias enquanto dormimos
Este ano marca o centenário da primeira demonstração de que o sono melhora nossa memória. Entretanto, uma revisão de 2023 de pesquisas recentes mostrou que as memórias formadas durante o dia são reativadas enquanto estamos dormindo. Os pesquisadores descobriram isso usando técnicas de aprendizado de máquina para “decodificar” o conteúdo do cérebro adormecido.
Um estudo de 2021 descobriu que o treinamento de algoritmos para distinguir entre diferentes memórias enquanto estamos acordados torna possível ver os mesmos padrões neurais reaparecerem no cérebro adormecido. Um estudo diferente, também em 2021, descobriu que quanto mais vezes esses padrões reaparecem durante o sono, maior o benefício para a memória.
Saiba as outras duas AQUI.
Por: G1
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