DELEGADO E PROMOTORIA DE MARAGOGI/AL, AGUARDAM PERÍCIA DA MARINHA PARA IDENTIFICAR RESPONSÁVEIS PELO ACIDENTE COM CATAMARÃ (GN - AL)

Polícia começou a ouvir testemunhas/Foto: Divulgação/Corpo de Bombeiros.


O delegado e a promotora de Maragogi informaram, neste domingo (28), que aguardam a perícia da Marinha do Brasil sobre o acidente com a embarcação que deixou duas idosas mortas para determinar quem será responsabilizado pelo naufrágio e pelas mortes e se vão pedir ou não prisão de responsáveis pelo catamarã e pelo passeio.


Os corpos das duas vítimas foram liberados do IML de Maceió neste domingo.

Por meio de nota ao G1, a Marinha do Brasil informou que lamenta o ocorrido e que a Capitania dos Portos de Alagoas abriu um inquérito para "apurar as causas, circunstâncias e responsabilidades do acidente". Disse ainda que a embarcação estava com a vistoria válida (leia na íntegra ao final do texto).

A promotora de Justiça de Maragogi, Francisca Paula, disse que a polícia informou que o homem que alugou a embarcação, identificado apenas como Wanderson, foi ouvido, além de familiares das vítimas e do ex-prefeito Marcos Madeira, que contou à polícia que o catamarã é do irmão dele, mas continua no nome de Simone Leite. E que mais pessoas serão ouvidas a partir de terça-feira.

Ela disse que a partir de segunda vai acompanhar de perto as investigações e, se entender necessário, vai requerer as prisões provisórias de envolvidos no acidente.

A titular da Promotoria de Maragogi também disse que o Ministério Público Estadual (MP-AL) já havia notificado Simone Leite e que a embarcação estava administrativamente proibida de navegar pelo MP, pela Secretaria de Meio Ambiente, pela Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (SMTT) e pelo ICMBio. Nesse domingo, o Ministério Público de Alagoas divulgou documentos sobre a notificação.

O delegado Aylton Soares Prazeres disse que segue apurando as circunstâncias do acidente com o catamarã e que só após o relatório da Marinha vai ser possível dizer se vai requerer a prisão. Ele disse que ninguém foi preso em flagrante, que ouviu testemunhas e que o ex-prefeito Marcos Madeira foi espontaneamente à delegacia para prestar esclarecimentos sobre o barco envolvido no acidente.

Cerca de 60 pessoas estavam no barco, que levava turistas de Eusébio, cidade da região Metropolitana de Fortaleza, para as piscinas naturais de Maragogi. Entre os passageiros, estavam 2 guias e 6 tripulantes do receptivo da empresa.

O filho de uma das vítimas disse que o grupo de turistas do Ceará não estava usando coletes salva-vidas no momento do acidente.

O marido de Simone Leite, que foi apontada como dona do catamarã que afundou em Maragogi, disse que o barco havia sido vendido há 2 anos.

Leia abaixo a íntegra da nota da Marinha do Brasil:

MARINHA DO BRASIL

CAPITANIA DOS PORTOS DE ALAGOAS

NOTA À IMPRENSA

Maceió, AL.

Em 28 de julho de 2019.

A Marinha do Brasil (MB), por intermédio da Capitania dos Portos de Alagoas (CPAL), lamenta o falecimento de duas pessoas, em decorrência de acidente da navegação envolvendo a embarcação "To a Toa IV", neste sábado (27), no município de Maragogi, no Litoral Norte do estado.

Um inquérito está em andamento, conduzido pela CPAL, com o objetivo de apurar as causas, circunstâncias e responsabilidades do acidente. Durante a apuração serão realizadas oitivas de testemunhas, análise de documentos e perícia, além de outros procedimentos que sejam necessários.

A embarcação está inscrita na CPAL para a atividade de transporte de passageiros e encontrava-se com sua vistoria válida.

Por: G1

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