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O cientista político e professor da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), Ranulfo Paranhos não acredita que o assassinato de Neguinho Boiadeiro tenha motivação política. Ele considera que este é um crime relacionado à vida privada da vítima. Portanto, não teria, a princípio, nenhum elo com a disputa entre as famílias Boiadeiro e Dantas.
“O peso político da cidade [Batalha] é muito pequeno para motivações políticas. Então, acredito que o crime está mais ligado à questão pessoal. Ele era vereador e presidente de Câmara de uma cidade minúscula, o que do ponto de vista político dificilmente vai influenciar. Portanto, as motivações políticas são praticamente zero”, pontua o analista.
Na avaliação de Ranulfo Paranhos, a preocupação neste momento recai para o governador Renan Filho (PMDB) e a Secretaria de Segurança Pública. “Dado o histórico da cidade, há uma responsabilidade muito grande do Estado em dar resposta ao que aconteceu”, destaca.
Ele também descarta que a proximidade das eleições gerais de 2018 tenha sido o estopim para o crime. E explica: “No próximo ano teremos eleição, geral. O impacto na cidade, portanto, é mínimo. Se você observar, os Dantas hoje são mais poderosos, do ponto de vista político do que os Boiadeiros, porque eles têm a prefeitura [de Batalha, comandada por Marina Dantas-PMDB, esposa de Paulo Dantas-PMDB, ex-prefeito da cidade], a presidência do Legislativo estadual [comandado pelo deputado Luiz Dantas-PMDB, pai de Paulo Dantas]. Então, me parece que não tem justificativa política, porque Boiadeiros não teriam força para influenciar a questão política”, afirma Ranulfo.
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Por: Gazeta de Alagoas
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