Testemunha foi ouvida pela polícia e confirmou que pai tinha o costume de transferir o gás do botijão da cozinha para o botijão que ele usava para vender churros/Foto: CBM/AL
O filho do dono de um apartamento que explodiu em Maceió confirmou, em depoimento à Polícia Civil, que o pai costumava passar o gás do botijão de cozinha para o botijão que ele usava para vender churros. A informação foi confirmada nesta quarta-feira (13). Gilvan da Silva, o neto e um vizinho morreram.
A polícia tenta confirmar ainda se essa troca de gás entre os botijões acontecia no momento da explosão. A suspeita é de que o acidente tenha sido causada pelo vazamento do gás.
"No dia do acidente estavam Gilvan, a esposa dele e os dois netos [no apartamento]. A esposa e um neto continuam internados. Estamos esperando eles melhorarem para colher outros depoimentos", disse a delegada Cássia Mabel, que investiga o caso.
O prédio, que foi completamente destruído, era formado por um piso térreo e um andar. Cada pavimento tinha quatro apartamentos do tipo duplex (com dois andares). A Defesa Civil de Maceió inicialmente, isolou 21 apartamentos em cinco blocos. Um dia após a explosão, 13 imóveis foram liberados. Oito apartamentos seguem interditados.
Além de Gilvan, morreram no acidente o neto dele de 10 anos, Tharlysson Felipe da Silva Ferreira, e o ajudante de construção Wesley Lopes da Silva, 36 anos, que morava em outro apartamento no mesmo prédio.
A Polícia Científica confirmou que recolheu 11 botijões de gás do prédio que desabou. As primeiras análises apontam que a explosão teve origem no banheiro do apartamento em que Gilvan morava com a família.
Quem eram os mortos?
Três pessoas morreram após a explosão:
- Tharlysson Felipe da Silva Ferreira, 10 anos
- Gilvan da Silva, 57 anos
- Wesley Lopes da Silva, 36 anos
Vizinhos contaram para a reportagem do g1 que Tharlysson era tranquilo e obediente. Ele estudava e gostava de brincar com os amigos na região. Ele e o avô Gilvan moravam no mesmo apartamento. Com o impacto da explosão, os dois foram arremessados para fora do imóvel e morreram no local, segundo o Corpo de Bombeiros.
Gilvan da Silva vendia churros e batata frita e tinha costume de acordar durante a madrugada para preparar a massa do churros e cortar as batatas. Durante anos ele trabalhou na porta do campus do IFAL em Maceió, e era conhecido carinhosamente como "Tio do Churros".
Wesley Lopes trabalhava como ajudante na construção civil e morava com o tio no residencial. Segundo Maurício Ferreira, o primo iria se mudar no fim de semana para outro bairro. Ele estava vivo quando os militares chegaram ao local.
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Por: G1
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