O uso excessivo de celulares pode causar problemas de saúde física como dor no pescoço, insônia e visão embaçada/Reprodução
O uso excessivo de celulares se tornou um tema recorrente na discussão sobre a saúde, especialmente em relação aos impactos físicos que pode gerar. Hábitos aparentemente inofensivos, como verificar mensagens antes de dormir ou rolar feeds por longos períodos, podem desencadear uma série de problemas que passam despercebidos até se tornarem crônicos.
Conheça os 7 sinais de que o celular afeta sua saúde
O primeiro sinal a ser observado é a dor no pescoço e nos ombros. Esse tipo de dor surge devido à postura inadequada e ao movimento repetitivo de olhar para baixo, levando ao que se chama de “text neck”. Essa condição pode resultar em tensões que se espalham pela coluna cervical, ombros e costas, aumentando o risco de problemas ortopédicos.
Outro indicativo é o ressecamento e a visão embaçada. A exposição prolongada às telas reduz a frequência do piscar, contribuindo para a fadiga ocular. Especialistas indicam que esse hábito pode acelerar o desenvolvimento de miopia e intensificar a sensação de olhos secos.
O formigamento nas mãos também é um sinal importante a ser considerado. Segurar o celular por longos períodos pode comprimir nervos, levando à síndrome do túnel do carpo, que apresenta sintomas de dormência e dor crônica. Um estudo da Universidade Politécnica de Hong Kong identificou uma maior frequência de problemas nas mãos entre usuários intensivos de smartphones.
A insônia ou sono irregular representa outro efeito colateral do uso do celular, principalmente devido à luz azul emitida pelas telas, que interfere na produção de melatonina. Isso resulta em dificuldades para dormir e um cansaço recorrente. Pesquisas mostram que adolescentes que usam smartphones intensivamente estão mais propensos a apresentar padrões de sono irregulares.
As dores de cabeça frequentes têm se tornado comuns entre os usuários de dispositivos móveis, sendo reflexo do cansaço visual e da má postura. Estudos revelaram que 57% das crianças pesquisadas relataram dores de cabeça associadas ao uso de telas, sinalizando a necessidade de atenção a esse hábito.
A falta de concentração é outro sinal negativo do uso excessivo de celulares. A fragmentação constante da atenção devido à checagem constante de notificações pode reduzir a capacidade de foco e impactar a memória a curto prazo. Larry Rosen, professor da Universidade Estadual da Califórnia, observa que essa ansiedade constante prejudica a concentração em tarefas cotidianas.
Por fim, observa-se que o contato frequente do celular com a pele do rosto pode acelerar o envelhecimento da pele. A exposição à luz azul e o acúmulo de bactérias podem exacerbar condições como acne. Pesquisas indicam que essa luz pode causar estresse oxidativo e afetar a aparência da pele ao longo do tempo.
A aumento da conscientização sobre esses sinais deve levar a um monitoramento mais cuidadoso do uso de celulares, especialmente em um cenário em que o tempo de tela continua a crescer. Estudos futuros visam aprofundar a compreensão dos impactos à saúde a longo prazo.
Por: Chico Sabe Tudo
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