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O MISTÉRIO CONTINUA - TIO DE CRIANÇAS ENVENENADAS COM CAJU MORRE APÓS COMER PEIXE NO PI; POLÍCIA INVESTIGA (GN - NOTÍCIAS)

Outras sete pessoas ingeriram o peixe e foram socorridas por equipes do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu)/Reprodução



O Departamento de Polícia Científica do Piauí investiga o óbito de um jovem de 18 anos que morreu após comer um peixe de tipo manjuba na quarta-feira (1) em Parnaíba (PI).



O rapaz, que não teve o nome divulgado, é tio de Ulisses Gabriel, de 8 anos, e João Miguel, de 7 anos, que morreram em agosto de 2024 depois de comerem um caju envenenado.

Segundo a Polícia Científica, dentro de três dias será confirmado se o jovem, que morreu com sintomas de intoxicação, também foi vítima de envenenamento e se há ligação entre os dois casos. A informação é do jornal Cidadeverde.com.

Além dele, outras sete pessoas ingeriram o peixe e foram socorridas por equipes do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e do Corpo de Bombeiros. Duas mulheres e uma criança estão internadas no Hospital Estadual Dirceu Arcoverde, entre elas Francisca Alves, mãe dos meninos que morreram em agosto.

A polícia coletou amostras de arroz na residência das vítimas, bem como em uma lagoa próxima, na qual um fenômeno tem causado morte de peixes. Ainda não se sabe se há relação com o falecimento do jovem.

Quase todos os familiares apresentaram sintomas semelhantes após ingerirem o peixe. Uma testemunha disse ao Cidadeverde.com que um homem teria doado uma cesta básica contendo as manjubas na manhã do incidente.

O Correio entrou em contato com a Polícia Científica, com a Secretaria de Segurança Pública e com a Delegacia-Geral do Piauí, bem como com o Instituto Médico Legal de Teresina, em busca de maiores informações. Em caso de resposta, a matéria será atualizada.

Morte das crianças

Ulisses Gabriel e João Miguel foram internados em 23 de agosto de 2024, após comerem cajus envenenados com terbufós, substância semelhante ao "chumbinho", oferecidos por uma vizinha, identificada como Lucélia Maria da Conceição Silva.

A Polícia Civil informou na época que a suspeita tinha conflitos com a vizinhança. Ela foi denunciada pelo Ministério Público do Piauí (MPPI) por homicídio qualificado.

João morreu em 28 de agosto. Ulisses, por sua vez, faleceu em 10 de novembro.

Correio Braziliense

 

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