Em um ano, aproximadamente 15 mil atendimentos do Samu foram acionados pelo Salva Mais/Foto: Agência Alagoas
Cada segundo a mais é uma chance a menos de salvar uma vida em situações de emergência médica, principalmente em tragédias e acidentes. São esses segundos preciosos que muitas vezes eram gastos com logísticas desnecessárias. Hoje, com o Salva Mais, tudo é integrado, e o que antes levava dezenas de minutos, hoje é resolvido em bem menos tempo.
Graças ao Salva Mais, foi possível dar celeridade ao resgate das vítimas do acidente do ônibus que caiu em um precipício a caminho do Parque Memorial da Serra da Barriga, em novembro, a atuação do Salva Mais foi essencial para garantir o atendimento rápido às vítimas, principalmente aquelas em estado grave que necessitavam de resgate de helicóptero. O tempo recorde no acionamento das equipes foi a chave para que a tragédia não tivesse mais vítimas fatais.
A coordenadora do Samu Maceió, enfermeira Beatriz Santana, destacou a eficiência e rapidez do atendimento prestado. “A mobilização das equipes de emergência foi imediata. Ações integradas como o acionamento do helicóptero do Serviço Aeromédico demonstram nosso compromisso com um atendimento ágil e eficiente para salvar vidas em situações de alta complexidade”, afirmou.
O Programa Salva Mais conta com uma Central de Regulação Única, que concentra em um só local as centrais telefônicas do CBM-AL e do Samu. Apesar disso, os números 192 e 193 continuam existindo e podem ser acionados pela população .
“Recebemos a ocorrência na central de urgência do programa Salva Mais, que integra o Corpo de Bombeiros e o Samu, e a partir de lá nós conseguimos coordenar realmente aquelas operações lá no local, mandando helicópteros, coordenando a chegada do socorro terrestre”, explica a coordenadora do programa, Coronel Elaine Monteiro.
O comandante geral do Corpo de Bombeiros, coronel Sérgio Verçosa, destacou a atuação rápida dos militares do CB, que foi acionado graças ao Salva Mais. “Nossa corporação, com equipes altamente capacitadas e equipadas, destacou-se pela rapidez e eficiência. Em poucos minutos após o acionamento, a primeira equipe já estava no local do acidente, iniciando os trabalhos de resgate. Essa agilidade do Salva Mais é fundamental para salvar vidas e minimizar danos”, ressaltou.
Outro caso marcante para a história do Salva Mais foi o resgate do menino Theo, de 3 anos, que se afogou em uma piscina em Maceió. O Salva Mais foi responsável também pelo primeiro atendimento do paciente, com o envio do helicóptero para atendimento da criança no local onde ele se afogou.
O socorro chegou em 10 minutos, o que foi essencial para o sucesso do atendimento, sendo transferido para o Hospital Geral do Estado (HGE) posteriormente, onde recebeu o atendimento necessário, até ser transferido para Brasília, no dia 21 de novembro.
“Todo o trajeto foi acompanhado por profissionais preparados para que o pequeno Théo chegasse ao seu destino com segurança clínica, visando seguir com a sua recuperação. Salva Mais foi protagonista duas vezes nesta história”, destacou o secretário de Estado da Saúde, médico Gustavo Pontes de Miranda.
Atuação fora Alagoas
Além de atuar com profissionalismo e agilidade dentro do Estado, o programa Salva Mais também foi protagonista no resgate e nos atendimentos do outro lado do Brasil. Em abril de 2024, o Rio Grande do Sul contou com 20 profissionais do programa.
O coronel André Madeiro, chefe do Gabinete de Segurança Institucional, enfatizou que o êxito da operação no sul do país foi fruto dos investimentos arrojados do Governo Paulo Dantas “Nossa tropa do Corpo de Bombeiros e o efetivo do Samu chegaram ao Rio Grande do Sul plenamente equipados e preparados para atuar em diversas ocorrências, como resgates e salvamentos de pessoas e animais, e todo esse cuidado é o diferencial”, destacou.
Já o enfermeiro Márcio Magalhães, médico e integrante do grupo de oito profissionais do Samu mobilizados para a missão humanitária do Rio Grande do Sul, relembrou um episódio marcante envolvendo o resgate em um hospital. “Durante a retirada de equipamentos médicos de uma unidade hospitalar em Canoas, testemunhamos as águas invadindo o local em cerca de 50 minutos. O nível subia rapidamente, mas, graças ao nosso preparo e à atuação conjunta com militares do Exército, conseguimos evitar um agravamento ainda maior na situação da saúde pública do Rio Grande do Sul e no atendimento às vítimas. Nossa passagem por lá marcou”, relatou Márcio.
Os profissionais desempenharam diversas funções, incluindo transporte aéreo de pacientes, atendimentos em abrigos, suporte em áreas inundadas, resgates em hospitais de campanha, salvamento de animais, montagem de kits de emergência e distribuição de mantimentos, totalizando mais de 355 atendimentos realizados.
Agência Alagoas
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