62 pessoas morreram na queda/SSP-SP Reprodução
O superintendente da Polícia Técnico Científica do Estado de São Paulo Claudinei Salomão, em coletiva de imprensa realizada nesta quinta-feira (15) afirmou que a posição na qual os corpos das vítimas da queda do avião da Voepass foram encontrados indica que os passageiros foram alertados pela cabine de comando sobre possível queda iminente.
De acordo com o superintendente, a possibilidade só poderá ser confirmada após o laudo preliminar emitido pelo Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa). No entanto, o fato de que uma grande parte dos corpos foi encontrada abraçando as pernas com a cabeça baixa corrobora essa tese.
A posição, chamada de “brace”, é altamente recomendada quando os passageiros se encontram em situação de acidente aéreo. A posição consiste nos passageiros colocarem a cabeça entre os joelhos e abraçarem as pernas a fim de diminuir o impacto durante possível aterrissagem forçada. Além de poder evitar possível fatalidade, a posição também protege os dentes e as mãos da vítima, o que facilitaria a identificação em caso de óbito.
De acordo com o superintendente, “essa posição em que grande parte dos corpos foram encontrados favoreceu muito o trabalho pericial, pois as mãos estavam íntegras. Isso oportunizou que a identificação papiloscópica fosse feita, reconhecendo as vítimas através das digitais”.
A identificação dos corpos foi concluída na quarta-feira (14). Segundo a Polícia Científica, é muito provável que nenhuma vítima tenha enfrentado qualquer tipo de sofrimento durante a queda. “Uma queda de quatro mil metros em menos de dois minutos faz com que o corpo humano sofra movimentações tão sérias que levam ao desmaio”, afirmou Salomão.
O superintendente reforçou a informação de que todos as vítimas vieram a óbito em decorrência de politraumatismo, ou seja, a ocorrência de vários traumas simultâneos, mas afirmou que a tendência é de que, no momento do impacto, todos os passageiros e a tripulação já “estivessem desmaiados”.
G1
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