Ansiedade, adoecimento psíquico e automutilação estão entre os impactos psicológicos que mulheres e meninas vítimas de abuso podem ter/Reprodução/Getty Images
O trauma psicológico resultante do abuso sexual durante a infância ou na vida adulta pode lançar longas sombras sobre a vida, afetando também as mulheres que se tornam mães após experiências traumáticas. Psicólogos e psicanalistas exploram os desafios enfrentados por essas vítimas, destacando a complexidade das repercussões emocionais e sociais que permeiam suas vidas.
Segundo dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), 88,7% das vítimas de estupro são mulheres, sendo as crianças as principais vítimas. Do total, 61,4% têm entre 0 e 13 anos de idade, e 10,4% têm menos de 4 anos. Esses dados são referentes ao ano de 2022.
A psicóloga especialista em saúde mental, gênero e direitos humanos e cofundadora do projeto Eu Me Protejo, Neusa Maria, explicou que cada pessoa, incluindo crianças, pode responder de maneira diferente quando se trata da violência.
“A criança tem o seu corpo invadido, e essa violência, além de poder gerar um trauma, pode desencadear adoecimento psíquico, automutilação, autoextermínio, gravidez e doença sexualmente transmissível. Cada pessoa vai responder de forma singular à violência, e todas terão danos que precisam ser tratados”, explica.
Os sintomas das vítimas de abuso são variados e podem persistir ao longo da vida. Entre eles, estão a evitação de contato físico, o distanciamento nas relações, o desconforto ao falar sobre o assunto, a irritabilidade e a introspecção.
Veja mais AQUI.
Por: Metropoles
Nenhum comentário:
Postar um comentário