No Brasil, a Fiocruz retoma estudo para câncer de mama/Reprodução
As vacinas de RNA mensageiro (RNAm) entraram para a história na pandemia da Covid-19. Agora, vão abrir uma nova fronteira contra outra doença: o câncer. Especialistas preveem a primeira aprovação de uma dose terapêutica para um tumor ainda nesta década.
— As empresas que tiveram sucesso na pandemia já vinham trabalhando há muitos anos com RNAm no desenvolvimento de vacinas antitumorais, mas redirecionaram os esforços para a Covid-19. Nós, aqui em Bio-Manguinhos, na Fiocruz, também estávamos seguindo essa tecnologia para doses antitumorais, mas nos voltamos para o coronavírus em 2020. Agora retomamos os estudos, inicialmente para câncer de mama — conta Patrícia Neves, líder científica do Projeto RNA de Bio-Manguinhos.
No mundo, a mais avançada, na última etapa dos testes clínicos, é contra o melanoma, câncer de pele mais agressivo. A dose foi desenvolvida pela Moderna em parceria com a MSD e recebeu o status de ‘terapia inovadora’ pela FDA, nos Estados Unidos.
Dados de fase 2 mostraram que a vacina proporcionou uma redução de 49% no risco de morte ou recorrência, e de 62% no de morte ou metástase. Além disso, o laboratório americano está nos estágios finais dos estudos clínicos de uma vacina contra o câncer de pulmão de células não pequenas e de câncer de bexiga.
Voz da Bahia
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