Mais de 4 milhões de pessoas se contaminaram pelo vírus da dengue no Brasil em 2024. O número representa o maior surto da doença no país, que causa uma série de sintomas relacionados ao estresse fisiológico. E entre eles está a queda de cabelo.
“Já é bem documentado cientificamente que, alguns meses depois de ter febre alta ou se recuperar de uma doença, muitas pessoas percebem uma perda de cabelo”, explica a dermatologista Lilian Brasileiro, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia.
O que explica a queda de cabelo após a dengue
Segundo a especialista, esse quadro é chamado de eflúvio telógeno. A condição acontece quando os cabelos saem da fase de crescimento (anágena) e entram precocemente na fase de queda (telógena).
“Vários fatores podem desencadear o eflúvio telógeno: infecções virais diversas, como Covid-19 e dengue, cirurgias, medicamentos, início ou interrupção de anticoncepcional, estresse emocional e dietas restritivas, entre outros”, alerta a dermatologista.
Lilian aponta que a queda de cabelo nessas situações de infecção e alta inflamação não é um fenômeno surpreendente. Além disso, é possível notá-lo geralmente cerca de até três meses depois da infecção.
Segundo ela, esse tipo de queda capilar assusta os pacientes, pois pode envolver a perda de até um terço do volume do cabelo. De acordo com a especialista, os pacientes relatam que “punhados” de cabelo saem da cabeça ao tomar banho ou escovar o cabelo, sintoma que pode durar de 3 a 6 meses.
Fonte: Metrópoles
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