Roer as unhas sem conseguir parar – muita gente tem esse hábito. A maioria começou na infância, passou pela adolescência e chegou na vida adulta sem abandonar a prática. Isso acontece porque o hábito de roer as unhas, também conhecido como onicofagia, é automático e, muitas vezes, completamente inconsciente.
De acordo com um estudo publicado na revista científica National Library of Medicine, 20% a 30% da população mundial, em todas as faixas etárias, roem as unhas.
Vários fatores podem ser responsáveis
A vontade de roer as unhas pode ser causada por vários motivos: insegurança, nervosismo, mas até um filme muito emocionante pode levar a pessoa a morder, roer e beliscar as unhas. Geralmente, é uma reação ao medo, estresse ou tédio.
Para muitas pessoas, roer as unhas é uma forma de lidar com a pressão emocional ou de se distrair em situações desagradáveis.
Raramente o hábito está associado a uma doença mental.
"Não falaria de um distúrbio comportamental se a prática não for muito acentuada e não levar a uma deficiência grave. É uma questão de avaliar a intensidade e a gravidade dos efeitos", explica Andreas Wahl-Kordon, psiquiatra e diretor da Clínica Especializada de Oberberg. Wahl-Kordon também não considera o hábito de roer unhas como um transtorno obsessivo-compulsivo (TOC).
Hábito chato com riscos também para a saúde
A situação pode se tornar realmente problemática se as unhas forem roídas até o leito ungueal, o que muitas vezes inflama a matriz e danifica as cutículas. A cutícula pode romper e começar a sangrar.
"Pode ocorrer inflamação e a área pode ter infecções (bacterianas, virais ou fúngicas). Isso é algo muito sério no campo das doenças dermatológicas", diz Wahl-Kordon.
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Por: Gudrun Heise e G1
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