LEI DO ESFORÇO INVERSO: POR QUE AS VEZES FRACASSAMOS QUANDO NOS ESFORÇAMOS DEMAIS (GN - COMPORTAMENTO)

Embora possa parecer contraditório, às vezes falhamos em alguma coisa porque nos esforçamos demais. Saiba mais sobre a lei do esforço invertido/Foto: Getty Images via BBC




"Quando a imaginação e a força de vontade estão em conflito, são antagônicas, é sempre a imaginação que vence, sem exceção." Foi assim que o psicólogo francês Émile Coué explicou o que o intelectual e escritor Aldous Huxley chamou de Lei do Esforço Inverso.



Se a bela frase de Coué te confundiu, pense na areia movediça. É uma superfície que parece sólida, mas que se você pisar nela, se separa em água e areia e faz o corpo afundar — sair exige uma força enorme.

Muitos de nós só vimos isso em filmes ou quadrinhos, quando personagens são engolidos enquanto tentam desesperadamente evitar o destino.

É aí que reside o erro — e a razão pela qual as areias movediças são uma boa analogia.

A maneira de evitar ser engolido pela areia movediça é não se esforçar tanto: pare de lutar e vá deitando-se com calma para que o peso seja distribuído e a pressão diminua. Isso permitirá que você rasteje até um local de segurança.

Algo semelhante deve ser feito quando você não consegue adormecer, ou tem um ataque de riso em um momento inconveniente, ou não consegue lembrar-se de algo: em vez de se forçar a tentar fazer o que não consegue, relaxe e faça (ou pense) em outra coisa.

Isso porque, embora possa parecer contraditório, às vezes fracassamos porque nos esforçamos demais.

Isso não significa que você nunca tenha que fazer nada, ou que sempre tenha que ter uma atitude passiva diante da vida — mas, às vezes, quanto mais você tenta melhorar algo através da força de vontade, mais piora a situação.

O escritor Liev Tolstói ilustrou o conceito em seu livro Anna Karenina, descrevendo o que aconteceu ao proprietário de terras Konstantin Levin quando ele encontrou harmonia no cultivo da terra com os camponeses:

"Começou a ocorrer uma mudança no trabalho que o enchia de prazer. No meio do trabalho havia momentos em que ele se esquecia do que estava fazendo e trabalhava sem esforço, e nesses mesmos momentos sua fileira era tão bem cortada quanto a de Tit."

"Mas assim que se lembrava do que estava fazendo e tentava fazer melhor, sentia o peso do esforço e tudo resultava pior."

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Por: G1 e BBC

 

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