ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL - ESPECIALISTA ALERTA OS RISCOS CAUSADOS POR ALIMENTOS ULTRAPROCESSADOS (GN - SAÚDE)

Estudo aponta que o consumo desses alimentos é responsável por, aproximadamente, 57 mil mortes prematuras em todo o país/Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil



Os alimentos ultraprocessados são aqueles que passam por diversos processos industriais, adquirindo quantidades excessivas de ingredientes que podem ser prejudiciais à saúde, como sódio, açúcar, gordura, corantes e conservantes. Conforme o Ministério da Saúde, estão inseridos nessa classificação inúmeros tipos de guloseimas e salgadinhos de pacote, bebidas adoçadas com açúcar ou adoçantes artificiais, cereais matinais, carnes processadas, achocolatados, e uma infinidade de novos produtos que chegam ao mercado todos os anos.



Professora do curso de Nutrição da Unifacs, Lídia Moura, explica que o consumo excessivo de alimentos ultraprocessados pode aumentar as chances de doenças crônicas não transmissíveis, como doenças cardiovasculares, cânceres e diabetes, sobretudo em indivíduos jovens.   

A especialista também ressalta que os riscos ligados ao consumo de alimentos ultraprocessados são resultados da baixa qualidade nutricional desses produtos, atrelada aos elevados teores de sódio, açúcar e gordura saturada, bem como a presença de aditivos alimentares, que, muitas vezes, possuem um potencial cancerígeno já confirmado.  

Para além das doenças que podem vir a serem desenvolvidas, os produtos ultraprocessados também podem levar a óbito, se consumidos excessivamente. Segundo o estudo realizado por pesquisadores da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), da Universidade de São Paulo (USP), da Fiocruz e da Universidad de Santiago de Chile, o consumo desses alimentos é responsável por, aproximadamente, 57 mil mortes prematuras de pessoas entre 30 e 69 anos em todo o país.  

Como identificar os alimentos ultraprocessados nas prateleiras?  

De acordo com a professora da Unifacs, é fundamental analisar as informações presentes no rótulo dos produtos. “É possível verificar a lista de ingredientes, na qual constam inclusive os aditivos alimentares utilizados, a tabela de informação nutricional, na qual pode-se verificar a quantidade de nutrientes como carboidratos, proteínas, gorduras (saturadas e trans) e sódio”, explica.  

A profissional também chama atenção para os chamados “falsos saudáveis”, que nada mais são do que produtos ultraprocessados, com a veiculação de informações incorretas ou incompletas acerca de sua composição, induzindo os consumidores ao erro.  

Dicas para uma alimentação balanceada:  

O Guia Alimentar Para a População Brasileira recomenda “Dez passos para uma alimentação adequada e saudável”, são eles:  

1 - Fazer de alimentos in natura ou minimamente processados a base da alimentação; 
 
2 - Utilizar óleos, gorduras, sal e açúcar em pequenas quantidades ao temperar e cozinhar alimentos e criar preparações culinárias;  

3 - Limitar o consumo de alimentos processados;  

4 - Evitar o consumo de alimentos ultraprocessados;  

5 - Comer com regularidade e atenção, em ambientes apropriados e, sempre que possível, com companhia; 
 
6 - Fazer compras em locais que ofertem variedades de alimentos in natura ou minimamente processados;  

7 - Desenvolver, exercitar e partilhar habilidades culinárias; 
 
8 - Planejar o uso do tempo para dar à alimentação o espaço que ela merece;  

9 - Dar preferência, quando fora de casa, a locais que servem refeições feitas na hora; 
 
10 - Ser crítico quanto a informações, orientações e mensagens sobre alimentação veiculadas em propagandas comerciais.

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