PRESO EM ALAGOAS, COLOMBIANO ACUSADO DE MATAR NAMORADA É TRANSFERIDO PARA MINAS GERAIS (GN - POLÍCIA)

A PF de Minas Gerais idealizou a prisão de Jaime e irá mantê-lo preso até que a Justiça da Colômbia decida sobre sua extradição/Reprodução



Foi transferido para a sede da Polícia Federal em Minas Gerais, o colombiano, Jaime Saade, preso nesta segunda-feira (1º de maio) em uma pousada no município de Marechal Deodoro. Ele é acusado de matar e estuprar a namorada, Nancy Mestre, em 1994.  A transferência foi realizada por uma equipe da Polícia Federal de Alagoas (PF/AL) na tarde desta terça-feira (2).



A PF de Minas Gerais idealizou a prisão de Jaime e irá mantê-lo preso até que a Justiça da Colômbia decida sobre sua extradição.

A equipe da PF mineira veio até Alagoas e, com o apoio de agentes lotados no estado, coordenou e executou a prisão de Jaime Saade em sigilo, após ele ter sido visto em Igarapé, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. As investigações apontaram que ele estava hospedado em uma pousada, no município de Marechal Deodoro, Região Metropolitana de Maceió, onde ele foi preso.

De acordo com informações da PF, no momento da prisão, o homem tentou fugir quando avistou os agentes, mas foi cercado e não ofereceu resistência. Ele estava foragido desde o dia do crime.

O caso

No dia 18 de abril deste ano, o Supremo Tribunal Federal (STF) autorizou a extradição de Jaime Henrique Saade Corman, assassino de Nancy Mestre, que foi estuprada e morta aos 18 anos, na Colômbia, em 1994.

O criminoso fugiu para o Brasil e assumiu uma nova identidade. Foi o pai da vítima, Martín Mestre, quem investigou e descobriu o paradeiro do criminoso.

O caso ganhou destaque na imprensa do país e, mesmo foragido, em 1996, Jaime foi condenado pela justiça colombiana a 27 anos de prisão por homicídio e estupro.

Martín contratou detetives, fez cursos de investigação e criou perfis falsos em redes sociais para se aproximar de parentes de Jaime Saade. Em uma das conversas, ele descobriu que Jaime tinha um parente que vivia no Brasil. A partir daí, redirecionou a investigação e localizou o criminoso em Belo Horizonte, em Minas Gerais.

Em janeiro de 2020, o colombiano foi preso na capital mineira, 24 anos depois de ter sido condenado em seu país natal. Porém, ele ficou na Penitenciária Nelson Hungria, em Contagem, na Grande BH, por apenas nove meses. Ele foi libertado depois de receber alvará de soltura com revogação da prisão preventiva, expedido pela Justiça Federal.

Em 2020, um pedido de extradição do governo colombiano foi negado pelo STF. Houve um empate entre os ministros e, nesses casos, o resultado é favorável ao réu.

O pai de Nancy recorreu e, de forma inédita, o caso foi julgado de novo neste ano pelo tribunal. Desta vez, com decisão favorável à extradição.

Nancy Mestre tinha 18 anos quando conheceu Jaime, 13 anos mais velho que ela. Eles namoraram por pouco tempo. O crime foi na noite de réveillon. A jovem passou a virada do ano em casa com os pais e o irmão. Depois, saiu para encontrar o namorado e não voltou. No dia seguinte, Martín soube que a filha estava internada numa clínica com um ferimento de bala na cabeça. Ela morreu oito dias depois e Jaime desapareceu.

Fonte: Cada Minuto 

 

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