O comandante-geral da Polícia Militar da Bahia, Paulo Coutinho, declarou na manhã desta segunda-feira (29) que os tiros disparados contra um PM que teve um surto no Farol da Barra em Salvador/BA, neste domingo (28), é um dos prognósticos orientados pela “doutrina internacional de gerenciamento de crise”. O PM em questão, identificado como Wesley Góes, morreu nos Hospital Geral do Estado (HGE) ainda na noite deste domingo.
“É previsto mundialmente, infelizmente tínhamos um provocador de evento crítico, transtornado mentalmente, utilizando arma de grande letalidade e que, em determinado momento, não obstante, todos os recursos que nós utilizamos de isolamento e contenção, ele direcionou essa arma pra tropa e efetuou disparos que poderiam ter atingido mortalmente não só policiais militares, mas também a comunidade naquele local que reside”, defendeu o comandante-geral, em coletiva de imprensa realizada na manhã desta segunda (29), no Centro Administrativo da Bahia (CAB). Segundo a Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA), os agentes do Bope só dispararam tiros contra o PM depois que, armado com um fuzil calibre 5,56, atirou contra a corporação. Na ocasião, diversos tiros foram ouvidos por quem estava no local, mas o comandante-geral preferiu deixar que o inquérito policial aponte quantos disparos foram feitos. Segundo ele, o PM foi atingido na perna e no braço.
PM morto no Farol da Barra é enterrado em Itabuna
O PM Wesley Góes, de 38 anos, que foi morto após atirar contra policiais militares, após um suposto surto, em Salvador, foi enterrado na tarde desta segunda-feira (29), em Itabuna. Amigos, familiares, além de centenas de policiais participaram do enterro no cemitério Campo Santo, em Itabuna. Foram os amigos policiais que carregaram o caixão para o momento da despedida.
Pouco depois das 17h, o corpo de Wesley foi enterrado sob muita comoção, aplausos e uma homenagem com fogos de artifício. Ainda na manhã desta segunda-feira, só que Itacaré, cidade onde Wesley era lotado e a cerca de 100 km de Itabuna, cerca de 200 policiais fizeram uma homenagem para o PM. Os policiais, que estavam de máscaras de proteção da Covid-19, fizeram uma roda e uma oração para Wesley Góes.
O policial estava noivo e morava na cidade onde trabalhava. Ele era conhecido por ser uma pessoa alegre. Segundo a Polícia Militar, em 13 anos de serviço, ele nunca apresentou comportamentos que sugerissem problemas psicológicos. Nas redes sociais, também nesta segunda-feira, o governador da Bahia, Rui Costa, lamentou a morte do PM Wesley. “Quero lamentar profundamente o fato ocorrido neste domingo e ao mesmo tempo manifestar meus sentimentos à família do policial envolvido”, disse.
Bahia Notícias
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