De acordo com a Federação Internacional de Diabetes, em 2019 tínhamos mais de 460 milhões de pessoas diabéticas no mundo. Só no Brasil, que é o quinto lugar com pessoas com diabetes, esse número chegava a um pouco mais de 16 milhões. Neste mês de novembro, mais especificamente no dia 14, foi celebrado o Dia Mundial do Combate ao Diabetes. Na ocasião, trouxemos à tona alguns aspectos que tornavam a tecnologia uma aliada nessa batalha. Enquanto isso, no último dia 17, cientistas da Universidade de Alberta (Canadá) anunciaram uma possível descoberta de uma cura para essa doença.
Acontece que a equipe de pesquisa foi capaz de curar o diabetes em camundongos usando um novo processo baseado em células-tronco e tem esperança de que o processo também possa acontecer em humanos. De acordo com o principal pesquisador do projeto, Dr. James Shapiro, a equipe trabalhou com especialistas de todo o mundo para transformar células do sangue em produtoras de insulina.
"Estamos no ponto em que podemos fabricar, com segurança, células produtoras de insulina a partir do sangue de pacientes com diabetes tipo 1 ou 2 e temos feito isso nos últimos meses no laboratório. Colocamos essas células em camundongos diabéticos e revertemos o diabetes até o ponto em que estivesse essencialmente curado", explica o Dr. James Shapiro, em entrevista ao veículo canadense CTV News.
Há 20 anos, Dr. Shapiro fez história com o protocolo de Edmonton, um procedimento que dá aos pacientes novas células produtoras de insulina, graças a transplantes feitos por doadores de órgãos. Esse procedimento, entretanto, requer o uso de medicamentos que desencadeiam efeitos colaterais significativos. O pesquisador anuncia que este novo processo de células-tronco eliminaria esse problema. "Se forem células próprias, os pacientes não as rejeitarão", observa o pesquisador.
De acordo com o Dr. Shapiro, ainda faltam algumas etapas antes que sua equipe passe a realizar os testes em seres humanos ao invés de animais. “É necessário que haja dados preliminares e, idealmente, um punhado de pacientes que demonstrem ao mundo que isso é possível, e que é seguro e eficaz”, afirma.
O pesquisador diz ainda que a falta de financiamento é um grande obstáculo à pesquisa. Ele afirma que é necessário arrecadar mais dinheiro para comprar equipamentos, e é por isso que um pequeno grupo de voluntários pretende arrecadar US$ 22 milhões (o equivalente a cerca de R$ 119 milhões) até 2022 para financiar pesquisas adicionais com a Fundação do Instituto de Pesquisa do Diabetes do Canadá.
Fonte: CTV News
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