BOLSONARO REAGE A REPORTAGEM DO JN E NEGA QUE ALGUEM NA SUA CASA TENHA AUTORIZADO A ENTRADA DO ACUSADO DE MATAR MARIELLE; CARLOS BOLSONARO CONTESTA PORTEIRO E REGISTROS QUE INDICAM QUE SUSPEITO DE MATAR MARIELLE ENTROU EM CONDOMÍNIO DIZENDO QUE IRIA À CASA DO PRESIDENTE (VEJA DETALHES/GN - BRASIL)


Jornal Nacional mostrou que porteiro disse, em depoimento, que ex-PM preso pelo assassinato foi autorizado a entrar no condomínio de Bolsonaro após falar com alguém na casa do então deputado. Jair Bolsonaro afirmou que estava na Câmara, em Brasília, no dia das execuções. JN já tinha mostrado que ele estava no congresso.. Vereador divulgou imagem e áudio tirados, segundo ele, do sistema da portaria. Em um deles, uma voz anuncia a chegada de Élcio Queiroz à casa 65, onde morava Ronnie Lessa. JN mostrou que porteiro disse à polícia que Élcio havia sido liberado por alguém da casa de Bolsonaro/Reprodução TV Globo


O vereador Carlos Bolsonaro (PSC-RJ) divulgou em suas redes sociais, na manhã desta quarta-feira (30), imagem e áudio que, segundo ele, foram tirados do sistema que grava as ligações feitas da portaria do Condomínio Vivendas da Barra. É lá que mora Ronnie Lessa, principal suspeito de matar a vereadora Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes. O presidente Jair Bolsonaro (PSL), pai de Carlos, tem uma casa no local.


Carlos mostrou o material para contestar as informações fornecidas à polícia pelo porteiro do condomínio e o registro manual de entrada de visitantes, já analisado pelos investigadores.

A TV Globo teve acesso, com exclusividade, aos registros da portaria, exibidos nesta terça-feira (29) em reportagem do Jornal Nacional.

O porteiro contou à polícia que, horas antes dos assassinatos de Marielle e Anderson, em 14 de março de 2018, o outro suspeito do crime, Élcio de Queiroz, entrou no Vivendas da Barra e disse que iria para a casa do então deputado Jair Bolsonaro.

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PRESIDENTE - O presidente Jair Bolsonaro reagiu às revelações do Jornal Nacional desta terça. Leia e veja a íntegra da reportagem.

"Fui surpreendido agora há pouco de uma matéria do Jornal Nacional sobre o depoimento de um porteiro de que, no dia 14 de março do ano passado, às 17h10, um dos suspeitos de ter executado a Marielle teria se apresentado na portaria, ligado pra minha casa, no caso o porteiro ter ligado pra minha casa, e o porteiro reconheceu como voz sendo a voz minha nessa quarta-feira, 18 de outubro, às 17h10, e autorizou então a entrada do mesmo no condomínio. Detalhe, quarta-feira, geralmente um parlamentar ele está em Brasília, 17h10. Eu tenho registrado no painel eletrônico da Câmara presença 17h41, ou seja, 31 minutos depois da entrada desse cidadão no condomínio. E tenho também às 19h36. E tenho também registrado no dia anterior e no dia posterior as minhas digitais no painel de votação."

"Conclusão que se tira disso aí: esse processo está em segredo de Justiça. Como chega na Globo? Quem vazou para a Globo? Segundo a Veja, está publicado aqui, quem vazou esse processo pra Globo foi o senhor governador [Wilson] Witzel. O senhor governador Witzel que se explique agora como é que ele vazou esse processo. O que que cheira isso daqui?"

"Eu não quero bater o martelo. O que que parece? Que ou o porteiro mentiu ou induziram o porteiro a conduzir um falso testemunho ou escreveram algo no inquérito que o porteiro não leu e assinou embaixo em confiança ao delegado ou aquele que foi ouvir na portaria."

"Bem, a Globo diz que as minhas digitais estavam aqui de Brasília. Ela não nega isso daí. Mas sempre fica a suspeita na outra ponta da linha."

Depois dessas declarações, o governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, reagiu. Em nota, afirmou: "Lamento profundamente a manifestação intempestiva do presidente Jair Bolsonaro. Ressalto que jamais houve qualquer tipo de interferência política nas investigações conduzidas pelo Ministério Público e a cargo da Polícia Civil. Em meu governo, as instituições funcionam plenamente e o respeito à lei rege todas nossas ações. Não transitamos no terreno da ilegalidade, não compactuo com vazamentos à imprensa. Não farei como fizeram comigo, prejulgar e condenar sem provas. Hoje, fui atacado injustamente. Ainda assim, defenderei, como fiz durante os anos em que exerci a Magistratura, o equilíbrio e o bom senso nas relações pessoais e institucionais. Fui eleito sob a bandeira da ética, da moralidade e do combate à corrupção. E deste caminho não me afastarei".

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Por: G1

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