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O procurador do Ministério Público de Minas Gerais Leonardo Azeredo dos Santos vai ter que continuar tomando sua cartela de antidepressivos.
Azeredo tornou-se conhecido em todo o país, nesta segunda, ao revelar numa reunião do MP mineiro, o “drama pessoal” de ter que “sobreviver” com um salário de só 24.000 reais. Em um situação impensável para a maioria dos brasileiros, o procurador lastimou ter reduzido sua fatura do cartão de crédito de 20.000 reais para 8.000 reais, em uma demonstração de como seria miserável sua situação como procurador.
Em resposta ao “lamento” do integrante da instituição, o MP mineiro distribuiu nota avisando que “não há nenhum projeto em andamento sobre a adoção de benefícios pecuniários para a carreira de membros (procuradores e promotores de Justiça) ou de servidores, em vista da grave crise financeira vivenciada pelo estado e da necessidade de observação da Lei de Responsabilidade Fiscal para gastos com pessoal”.
A nota do MPMG na íntegra:
“Em relação à 5ª sessão extraordinária da Câmara de Procuradores, realizada no dia 12 de agosto, para discussão da proposta orçamentária para 2020, na qual houve manifestação de cunho pessoal de um dos integrantes do colegiado sobre a política remuneratória da instituição, o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) informa que não há nenhum projeto em andamento sobre a adoção de benefícios pecuniários para a carreira de membros (procuradores e promotores de Justiça) ou de servidores, em vista da grave crise financeira vivenciada pelo estado e da necessidade de observação da Lei de Responsabilidade Fiscal para gastos com pessoal.
Frente a essa realidade o MPMG informa ainda que vem tomando medidas de austeridade para aumentar a eficiência administrativa e reduzir os gastos, principalmente com pessoal. Esse conjunto de medidas tem se mostrado eficiente para manter o Ministério Público dentro do limite legal de 2% da Receita Corrente Líquida.
Diante da mencionada crise financeira e no intuito de garantir a capacidade da instituição de continuar atendendo às necessidades atuais e futuras da sociedade, a administração e os colegiados do MPMG (Câmara de procuradores de Justiça e Conselho Superior do Ministério Público) vêm debatendo continuamente a respeito de novas medidas que possam vir a ser tomadas sem, entretanto, haver ainda definido sobre tais iniciativas”.
Por: Radar Veja
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