HOSPITAIS DE RENAN FILHO ATRASAM E CUSTOS DUPLICAM E PASSAM DOS R$ 200 MILHÕES EM ALAGOAS (GN - AL)

Unidades de saúde só devem ser entregues à população em 2022, segundo a Secretaria de Saúde/Ailton Cruz


A conclusão de cinco novos hospitais de Alagoas que deveria acontecer até 2020 tem novo cronograma. As obras se estenderão por mais três anos. Agora, a nova promessa é que fiquem prontas até 2022. O custo mais que dobrou. De acordo com informações oficiais divulgadas em abril do ano passado pela Agência Alagoas (órgão de notícia oficial do governo estadual), os novos hospitais juntos somavam investimentos de R$ 90 milhões, dinheiro que sai do Fundo Estadual de Combate e Erradicação da Pobreza (Fecoep). Um ano depois, o custo das mesmas obras pulou para R$ 211 milhões. O governador Renan Filho (MDB) e o secretário estadual de Saúde, Alexandre Ayres, apresentaram o plano de estruturação do setor ao ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, com o novo valor das obras conforme divulgou a Agência Alagoas em 18 de abril deste ano.


A construção das Unidades de Pronto Atendimento (Upas) que custavam, em média, R$ 1,5 milhão também mais que triplicou. Segundo revelou o secretário Alexandre Ayres, o governo do Estado está construindo duas novas unidades em Maceió. Cada uma consumirá, do Fecoep, R$ 5 milhões, ou seja, total de R$ 10 milhões.

Enquanto as obras milionárias se arrastam com recursos de combate à pobreza, famílias das favelas de municípios do interior, como as que moram em casas de taipas na cidade de Chã Preta, esperam, há dois anos, liberação de recursos do Fecoep para a construção de moradias em local seguro. Nas últimas chuvas, os barracos das famílias começaram a cair. A empregada doméstica Mônica Lourenço apareceu na última quarta-feira (31), em lágrimas, no ALTV 2ª edição dizendo que não tem como pagar aluguel, sair do barraco com o filho pequeno e a mãe doente. 

O coordenador da Defesa Civil Municipal, Rosalvo Leonardo da Silva, revelou que tem um projeto para a construção de 310 casas populares em terreno doado pelo governo do Estado parado há dois anos na Secretaria de Infraestrutura, a espera da liberação de recursos do Fecoep. A Prefeitura de Chã Preta fez o mapeamento das famílias que moram em áreas de risco. Cerca de 85 receberão aluguel social. A Secretaria estadual de Infraestrutura em nota enviada à TV Gazeta informou que a construção das casas foi aprovada e terão recursos do Fundo de Combate à Pobreza. A construção das casas agora só depende de assinatura de convênio com a prefeitura.

Obras

As obras milionárias que poderiam ser feitas com recursos do Ministério da Saúde não param. Um dos hospitais em construção será entregue até o dia 15 de agosto, a obra física. O Hospital da Mulher vai consumir mais R$ 7 milhões com a aquisição de novos equipamentos.

O investimento previsto inicialmente era de R$ 28 milhões, aumentou R$ 30,8 milhões do Fundo de Combate à Pobreza, sem contar os investimentos em equipamentos. Quando estiver pronto terá 127 leitos. O prédio possui sete andares, localizado ao lado da Maternidade Escola Santa Mônica, na Avenida Comendador Leão, no Poço. Em atividade, o equipamento terá capacidade para realizar 225 partos e oferecer 1.520 atendimentos mensais nas especialidades médicas de Obstetrícia, Ginecologia, Neonatologia, Infectologia, Cardiologia, Mastologia, Endocrinologia, Uroginecologia, Reumatologia e Dermatologia promete as autoridades do governo.

De acordo com o cronograma das Secretarias de Infraestrutura (Seinfra) e da Saúde (Sesau), o Hospital Metropolitano tem 87% das obras prontas; o de Delmiro Gouveia tem 20,94%, está orçado em R$ 30 milhões e, segundo moradores da região, a obra anda lentamente; o do município de Porto Calvo também segue lento com 58,78% do projeto já executado e o custo inicial era de R$ 29 milhões; o de União dos Palmares, orçado em R$ 32,8 milhões também está quase parando, com 44,67% da obra.

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Por: Gazeta Web

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