CASAL DE GOIÁS ACUSADO DE TORTURAR FILHOS PREPARAVA PARA FUGIR DE ALAGOAS, DIZ MP/AL (GN - POLÍCIA)

Foto: Assessoria MP/AL



O Ministério Público Estadual divulgou nesta sexta-feira (9) mais informações sobre o caso envolvendo Hermano Lopes Borges, de 48 anos, e Barthira do Carmo Cunha, 67. Acusado de tortura e maus tratos contra os filhos adotivos, o casal foi preso preventivamente, na residência onde morava, na Praia do Francês.


Por meio da assessoria de Comunicação, o MP informou que foi constatado que os menores eram vítimas de tortura física e psicológica por parte do casal e que requereu a prisão em razão dos testemunhos do crime de tortura e da informação de que Hermano e Barthira se preparavam para fugir de Alagoas, assim como fizeram quando deixaram Aparecida de Goiânia, em Goiás, depois que o juizado local determinou um estudo de caso na família em razão da fuga de uma das filhas adotivas.

No momento do cumprimento da busca e apreensão, requerida pelo Ministério Público Estadual, ficou constatado que havia malas prontas e que um microônibus estava preparado para fazer uma viagem. Além disso, os pais já tinham solicitado, nas escolas, a transferência dos filhos.

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O caso veio à tona com a necessidade da equipe multidisciplinar atuante na Vara da Infância  da Juventude da comarca de Aparecida de Goiânia realizar estudo social com a família diante de afirmações de duas meninas que viveram como filhas adotivas e conseguiram fugir. Tal necessidade do estudo surgiu após ter sido concedida uma medida protetiva em favor dos filhos, proposta pelo Ministério Público de Goiás, onde a família residia.

Ainda conforme o MP, após o início da investigação social em Goiás, o casal fugiu com as crianças e a família só foi localizada quatro anos depois, em Marechal Deodoro.

O estudo psicossocial da realidade familiar realizado pela equipe multidisciplinar da comarca de Marechal Deodoro apontou que as crianças viviam em condições desumanas e degradantes. Além disso, em diligências complementares, o MP constatou que os menores também eram vítimas de tortura física e psicológica por parte do casal.

Em Alagoas, quatro testemunhas que colaboram com as investigações narram, com riqueza de detalhes, os fatos ocorridos, especialmente, no interior da residência. No entanto, devido ao segredo de justiça e em respeito à dignidade dos menores de idade envolvidos, os detalhes não podem ser revelados.

Em contato com o Juizado da Infância e Juventude de Aparecida de Goiânia, o MP-AL sugeriu a reavaliação dos processos de guarda e adoção de todas as vítimas e ficou acordado que as ações serão desarquivadas para revisão.

Ouvidos pelo MP, as crianças e adolescentes disseram que querem voltar para a sua cidade natal e não desejam mais permanecer sob a guarda do casal.

Por: Vanessa Alencar (Cadaminuto)/*Com Ascom MPE

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