Foto: Divulgação
O mundo mudou e o comportamento das mulheres também, inclusive das mais idosas. Há algumas décadas as mulheres na faixa dos 60 anos já eram consideradas velhas. Hoje, elas têm uma vida ativa e não precisam mais ficar sem companhia. Mas ainda há um grande desafio a vencer: como manter a vida sexual interessante, apesar da menopausa?
Junto com as alterações hormonais que ocorrem nessa fase, vem o ressecamento vaginal e o desejo sexual varia, em um ‘efeito ioiô’; sintomas que afetam diretamente o dia a dia da mulher após a menopausa e, é claro, interferem nas relações. A diminuição da libido é comum. A vagina, a vulva e o trato urinário inferior tendem à atrofia. Por isso, buscar orientações de um médico ginecologista pode ajudar muito.
A ginecologista Juliana Pierobon explica que, por causa da menopausa, a redução dos hormônios mexe com a lubrificação da mucosa vaginal, tornando o ato sexual, por vezes, desconfortável.
“A diminuição do estrogênio e da testosterona influenciam na cognição, na sensibilidade e textura da pele e mucosas, bem como na motivação sexual. A fisiologia se modifica, mas a resposta sexual ainda existe. Ela está apenas mais lenta”, explica.
A médica ressalta, no entanto, que a vida sexual pós-menopausa também tem muito a ver com a parte emocional e não apenas com os hormônios. “As mulheres devem derrubar o tabu de que a partir da menopausa terá uma vida sexual ruim. O acompanhamento ginecológico adequado é fundamental para minimizar os sintomas e assegurar um sexo prazeroso”, afirma a especialista.
Juliana Pierobon alerta que as mulheres devem se esforçar para manter uma atitude positiva diante da velhice, aproveitando as vantagens da prática do sexo na Terceira Idade, com mais tempo para curtir o parceiro e sem as ilusões da juventude. No entanto, não podem jamais esquecer do uso da camisinha.
“O preservativo proporciona segurança durante o sexo para pessoas de qualquer idade e não deve ser deixado de lado apenas pelo fato de essas mulheres não mais engravidarem. A falta de discussão sobre sexualidade e uso de preservativo levaram ao aumento no contágio e o número de doenças sexualmente transmissíveis em idosos dobrou na última década”, orienta a médica.
As questões que envolvem os problemas sexuais na Terceira Idade podem ser contornadas com visitas regulares ao ginecologista, que precisa incluir a questão entre os assuntos clínicos.
Dicas para as mulheres terem uma boa vida sexual na Terceira Idade
– Uso de lubrificante na hora do sexo facilita a penetração e a torna mais prazerosa;
– Uso frequente de creme intravaginal a base de estriol – por indicação do ginecologista – combate o ressecamento interno da vagina e melhora a elasticidade da muscosa vaginal;
– Tratamentos com laser vaginal melhoram a atrofia genito-urinária a longo prazo e podem ser indicados pelo ginecologista
– Terapias e exercícios físicos melhoram o emocional e o físico e podem ajudar na hora do sexo;
– Beber bastante água pode ajudar na produção de fluidos necessários a uma boa relação sexual;
– A aceitação do próprio corpo é fundamental para se sentir segura junto ao parceiro; além de um entendimento mais amplo do sexo, além da penetração.
Voz da Bahia
Nenhum comentário:
Postar um comentário