RELATÓRIO APONTA QUE ALAGOAS REGISTROU MAIS DE 750 MORTES NO TRÂNSITO EM 2015 (GN - AL)

Apesar do alto índice, houve uma redução de 9% em relação ao ano anterior/Divulgação


A Ambev divulgou nesta segunda-feira (06) o resultado de um relatório "Retrato da Segurança Viária no Brasil", que apresenta dados sobre mortes e feridos em acidentes de trânsito ocorridos no Brasil no ano de 2015. Alagoas registrou 756 mortes naquele ano, representando uma redução de 9% em comparação ao ano anterior.


De acordo com o relatório, a maior parte das vítimas eram de motociclistas (46%), seguidos por pedestres (36%) e motoristas (13%). Caminhões, ônibus e veículos não motorizados completam a estatística, com 5%. Os números mostram, no entanto, que o cenário vem melhorando: de 2014 para 2015, a número absoluto de fatalidades caiu 9%. Atualmente, o índice de mortos por 100 mil habitantes está em 22,6, acima da média nacional.

Segundo a assessoria da Ambev, o levantamento apresenta um panorama completo sobre a situação viária nacional, com as informações mais atualizadas disponíveis, obtidas por meio do cruzamento de dados da Associação Nacional dos Transportes Públicos (ANTP), da Confederação do Transporte (CNT), do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (Datasus), do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) e da Organização Mundial de Saúde (OMS).

Óbitos por região

A região Sudeste apresentou o maior número de fatalidades, com 13.141 em 2015. Apesar disso, é a que conta com o menor índice de óbitos por 100 mil habitantes, com 15,3, e reduziu o número absoluto de mortes em 17,8% desde 2010. A Nordeste vem em seguida, com 12.397 mortes totais e 21,9 óbitos por 100 mil habitantes, a Sul em terceiro lugar (6.071 e 20,8), a Centro-Oeste em quarto (4.107 e 26,6) e, por último, a Norte (3.627 e 20,8). Entre 2010 e 2015, no entanto, Nordeste e Norte seguiram na contramão das demais e registraram, respectivamente, crescimentos de 2,5% e 3,8% nos números absolutos de mortes no trânsito. No mesmo período, Sul reduziu os casos em 17,5% e Centro-Oeste em 8,5%. Na comparação com 2014, apenas quatro estados apresentaram aumento no número de vítimas: Roraima (+3%), Rio Grande do Norte (+2%), Paraíba (+5%) e Sergipe (+2%).

Dentre as 10 capitais com maior número de óbitos no trânsito, São Paulo é a primeira com um total de 1082, mas a cidade conta com o menor índice por 100 mil habitantes (9,0). Ela é seguida por Fortaleza (620 e 23,9), Rio de Janeiro (610 e 9,4), Recife (527 e 32,6), Brasília (469 e 16,1), Teresina (436 e 51,6), Goiânia (432 e 30,2), Belo Horizonte (428 e 17,1), Salvador (316 e 10,8) e Manaus (311 e 15,1).

A capital fluminense merece destaque por ter reduzido seu volume absoluto de fatalidades em 41% de 2014 para 2015. Salvador, Goiânia e São Paulo também apresentaram resultados significativos, com 19%, 19% e 18%, respectivamente.

Perfil de maior risco

Mais uma vez, os motociclistas mostraram-se os mais vulneráveis à insegurança viária nacional, representando 39% das vítimas fatais, o que significam 12.126 das 39.333 mortes. Chama a atenção o fato de esse número ter quase dobrado em uma década, sendo que em 2004 o índice estava em 23%. Em seguida aparecem os usuários de automóveis (31%), pedestres (23%), bicicletas (4%) e caminhões e ônibus (3%).

Os principais fatores de risco que influenciam diretamente na quantidade e na gravidade de acidentes de trânsito incluem excesso de velocidade; associação de bebida alcoólica e direção; uso de celular ao volante, não uso de capacete; não uso de cinto de segurança e não uso de equipamento de retenção de crianças.

Por: Gazeta Web

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