MACEIÓ/AL - VÍTIMA DE ABUSO EM ÔNIBUS RELATA DRAMA VIVIDO (GN - AL)

Violência contra a mulher vai muito além de uma agressão física; confira locais para fazer denúncia/Cortesia


"Eu tentava subir em um ônibus, no Centro, à tarde, quando senti o líquido escorrer na minha perna. Olhei para trás e ele correu. Tanto eu, quanto as pessoas que estavam por perto demoraram alguns segundos para entender o que estava acontecendo. A única coisa que pude fazer naquele momento foi chorar. De lá para cá já se passaram vários anos e eu nunca falei sobre o assunto, nem com minha família". O relato é de Silvia, nome fictício, pois a vítima não quer ser identificada.


Silvia foi vítima do abuso, em um ponto de ônibus do Centro de Maceió. Ela conta que, nesse dia, fez o trajeto até sua casa chorando, indignada com a situação e sob olhares de piedade e outros tantos maliciosos. "É triste. Você fica envergonhada de uma situação em que é vítima. Você se sente impotente, não sabe o que fazer. E aí só me restou chorar. De revolta, de tristeza", afirmou ela.

Casos como o de Silvia vêm acontecendo constantemente, principalmente nas grandes capitais, aonde mulheres precisam dos coletivos para chegar ao trabalho. Os números são tão altos que algumas capitais brasileiras resolveram adotar vagões em trens exclusivos para mulheres.

Representantes de movimentos feministas rechaçam a ideia, por acreditarem que ela segrega a mulher e fere o direito constitucional de ir e vir do ser humano. Recentemente, um caso semelhante ao de Silvia, ocorrido na capital paulista, movimentou a mídia nacional. Diego Ferreira de Novais, de 27 anos, foi colocado em liberdade pela Justiça depois de ejacular em uma passageira de um ônibus.

Na sentença, o juiz José Eugenio do Amaral Souza Neto descartou a possibilidade de enquadrar o acusado em crime de estupro, pois segundo ele não ocorreu "constrangimento, tampouco violência ou grave ameaça" no caso.  

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Por: G1

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