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Cineastas cristãos estão questionando a retirada do Youtube de um pequeno filme recém-lançado sobre a perseguição religiosa no Oriente Médio.
Os criadores do vídeo “Chased” (“Perseguidos”) se manifestaram contra a decisão da plataforma de compartilhamento de vídeos, em remover seu filme de 33 minutos. O departamento responsável pela decisão alegou que o material violou “orientações da comunidade”, por ter conteúdo “impróprio”.
O filme apresenta a história fictícia de Anneliese, uma jovem cristã residente nos EUA, cuja família é perseguida por sua fé cristã. Como o site do filme informa, a produção pretende mostrar como seria a vida dos cristãos nos Estados Unidos se eles fossem forçados a suportar a mesma perseguição vivida atualmente pelos cristãos no Oriente Médio.
O propósito do filme, o site acrescenta, é “[trazer] a história da perseguição religiosa para perto de casa”. “Para muitos, a realidade da perseguição é um conceito abstrato. Embora possa ser desconfortável imaginar uma sociedade sem liberdade religiosa, esta é uma verdade muito pessoal para os 100 milhões de cristãos que lutam pelo direito de expressar sua fé em áreas religiosamente reprimidas”, lembrou o texto do site. “‘Chased’ levanta a questão: ‘e se não existissem as nossas próprias liberdades religiosas?”, destacou. O Christian Post procurou o departamento responsável pela retirada do vídeo do ar no Youtube, para que a decisão fosse comentada, mas não recebeu uma resposta.
Emily Weaver, roteirista do filme, disse em uma entrevista ao The Blaze na semana passada que ela e outros criadores do filme estão buscando respostas a respeito do bloqueio do material. Estamos tentando obter uma resposta sobre por que o YouTube proibiu a veiculação do nosso curta-metragem que fala de fé, mas eles estão dizendo que o filme ‘viola os padrões da comunidade’”, explicou Weaver. “Parece que a arbitrariedade é bem viva no Youtube, pelo menos em nossa experiência”.
Vários outros cineastas cristãos concordam que o Youtube é arbitrário e utiliza de um método escuso para proibir spammers e conteúdos que considera inadequados ao site. Em 2013, tanto o YouTube quanto o Facebook bloquearam temporariamente o filme “Unstoppable” (Imparável), do ator cristão Kirk Cameron (irmão da protagonista de “Fuller House” – nova série da Netflix -, Candice Cameron), devido as políticas destes sites contra “spam” e “conteúdos comercialmente falsos” (?!).
O filme, estrelado por Cameron e produzido em conjunto com a Liberty University, segue o personagem principal enquanto ele procura responder uma importante pergunta: “Por que Deus permite que coisas ruins aconteçam a pessoas boas?”. “Se Deus é bom, por que há tanto sofrimento? Por que há tanta dor? Por que Ele permite o mal no mundo se poderia pará-lo?”, questiona o ator em vídeo que promoveu o filme, lançado em 2013.
Cameron, que já atuou em sitcoms conhecidos na década de 80 (sendo Growing Pains, da ABC, o mais famoso), conseguiu que Facebook e YouTube suspendessem seus bloqueios a “Unstoppable” depois de iniciar uma campanha online. “Agora vamos ter certeza que nada irá impedir “Unstoppable” de chegar aos cinemas de sua cidade, em 24 de setembro. Compre seus ingressos hoje. Se vendermos todos os assentos no cinema de sua vizinhança, nada pode impedi-lo de ser exibido lá”, disse Cameron à época da campanha. Apesar do bloqueio/censura no Youtube, o curta-metragem está disponível na plataforma concorrente, o Vimeo.
Por: Voz da Bahia
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