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Apesar de parecer uma realidade ainda distante, em poucos anos, os homens deverão ter à disposição um anticoncepcional masculino. O produto que está em fase de testes, deverá chegar ao mercado em 2018.
Desenvolvido pela Fundação Parsemus, dos Estados Unidos, o Vasalgel será aplicado por meio de injeção nos vasos deferentes (que ficam nos testículos e carregam os espermatozoide até a ejaculação), bloqueando a passagem das células reprodutivas masculinas.
O produto não modifica a produção de hormônios masculinos. Para a reversão, é injetada outra substância que dilui a primeira, e, em algumas semanas, o homem fica apto para ter filhos novamente.
Em entrevista, a diretora da fundação, Linda Brent, explicou que o produto não influencia na ejaculação e no orgasmo.
“A substância bloqueia e filtra o esperma, permitindo que o sêmen seja liberado normalmente. A ejaculação continua da mesma maneira, mas sem esperma.”
Até agora, os testes realizados em coelhos mostraram que o produto é eficaz, conforme explica Linda.
“A infertilidade permaneceu por pelo menos um ano. Logo depois, iniciamos o procedimento de reversão.”
Segundo Linda, a expectativa da Parsemus é iniciar os testes em humanos a partir de 2016, mas, para isso, é preciso ter a aprovação do órgão de controle de saúde americano, FDA (Food and Drug Administration).
Em relação ao tempo de duração do produto, a diretora explica que ainda não é possível ter essa resposta. Nos coelhos testados, o efeito permaneceu por um ano até ser interrompido pelos pesquisadores.
“Estudos com produtos similares na Índia demonstraram que o efeito chegou a durar dez anos. Nós ainda teremos que fazer diversos testes para podermos dizer por quanto tempo o homem ficará prevenido com Vasalgel.”
Na opinião do urologista Marcello Cocuzza, membro do Departamento de reprodução Humana da SBU (Sociedade Brasileira de Urologia), a novidade pode ser revolucionária em relação a prevenção masculina.
“Sem dúvida seria algo revolucionário, mas é preciso muitos testes. Facilitaria muito o processo anticoncepcional masculino. Mas em humanos é muito complicado, porque cada pessoa é diferente.”
Por: Blog do Eduardo Silva
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