Familiares do garoto Marcelo Pesseghini, suspeito de matar os pais no ano passado em São Paulo e depois se suicidar, foram à Justiça nesta segunda-feira (14) pedir uma nova investigação sobre a morte da família na tentativa de provar a inocência do menino. A advogada da família, Roselle Soglio, vai pedir à Vara da Infância e Juventude que o Ministério Público de São Paulo reabra as investigações para apurar a criação de uma página em homenagem ao sargento Luís Eduardo Pesseghini, pai de Marcelo, antes de os corpos serem encontrados no dia 5 de agosto de 2013.
Os corpos foram achados oficialmente às 18h por um parente das vítimas e um policial militar amigo da família, segundo o boletim de ocorrência. A página do Facebook em homenagem à família, no entanto, teria sido criada às 16h48. Segundo a advogada, isso indica que a investigaçação é falha e que a pessoa que criou a página pode ter tido acesso à casa onde a família foi assassinada e ser cúmplice ou até mesmo a autora das mortes.
Roselle Soglio afirma que consultou especialistas em informática que dizem que não é possível alterar o horário de criação da página. O G1 tentou um contato com a assessoria da Facebook para obter mais informações sobre horários de criação de páginas e saber se eles refletem o horário de Brasília, mas não obteve resposta até a publicação desta reportagem.
A advogada garante que Marcelo Pesseghini já estava morto nesse horário [16h48] e que não poderia ser o criador da página.
“A pessoa que criou essa página tinha certeza absoluta da impunidade. O Marcelo já estava bem morto a essa hora. Não poderia ter sido ele”, diz a advogada Roselle Soglio.
O G1 pediu à Secretaria da Segurança Pública de São Paulo informações sobre o laudo necroscópico que indica o horário da morte de Marcelo, mas ainda não havia obtido resposta até o fechamento desta reportagem.
Segundo a advogada Roselle Soglio, a família espera uma reviravolta no caso. "A família quer que a Justiça volte a analisar as informações para mostrar que o Marcelo não é culpado", disse.
Investigação - Para o Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), o crime já está esclarecido desde o ano passado. Segundo o DHPP, o garoto, então com 13 anos, usou a pistola .40 da mãe para executar os pais, que eram policiais militares, a avó materna e a tia-avó, e depois se matou com um tiro na cabeça na casa onde a família morava.
Policiais civis do DHPP ouvidos pelo G1 afirmaram nesta segunda-feira que desconhecem a página do Facebook citada pela advogada dos avós paternos de Marcelo. De acordo com eles, durante a investigação, que concluiu que o adolescente matou a família e se suicidou, esta página na rede social não foi investigada.
Uma das provas da polícia para afirmar que o adolescente matou a todos e se suicidou é o laudo psiquiátrico sobre a personalidade do garoto. Ele atesta que o menino sofria de uma doença chamada "encefalopatia hipóxica" (falta de oxigenação no cérebro), que o fez desenvolver um "delírio encapsulado” (ideias delirantes). Além disso, ele teria sido influenciado por jogos violentos de videogame.
Ele é suspeito de matar quatro familiares: o pai, o sargento das Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota) Luís Marcelo Pesseghini, de 40 anos; na mãe, a cabo Andréia Bovo Pesseghini, de 36 anos; na avó materna, Benedita de Oliveira Bovo, de 67 anos; e na tia-avó Bernadete Oliveira da Silva, de 55 anos. O documento foi feito pelo psiquiatra forense Guido Palomba.
Os corpos foram achados oficialmente às 18h por um parente das vítimas e um policial militar amigo da família, segundo o boletim de ocorrência. A página do Facebook em homenagem à família, no entanto, teria sido criada às 16h48. Segundo a advogada, isso indica que a investigaçação é falha e que a pessoa que criou a página pode ter tido acesso à casa onde a família foi assassinada e ser cúmplice ou até mesmo a autora das mortes.
Roselle Soglio afirma que consultou especialistas em informática que dizem que não é possível alterar o horário de criação da página. O G1 tentou um contato com a assessoria da Facebook para obter mais informações sobre horários de criação de páginas e saber se eles refletem o horário de Brasília, mas não obteve resposta até a publicação desta reportagem.
A advogada garante que Marcelo Pesseghini já estava morto nesse horário [16h48] e que não poderia ser o criador da página.
“A pessoa que criou essa página tinha certeza absoluta da impunidade. O Marcelo já estava bem morto a essa hora. Não poderia ter sido ele”, diz a advogada Roselle Soglio.
O G1 pediu à Secretaria da Segurança Pública de São Paulo informações sobre o laudo necroscópico que indica o horário da morte de Marcelo, mas ainda não havia obtido resposta até o fechamento desta reportagem.
Segundo a advogada Roselle Soglio, a família espera uma reviravolta no caso. "A família quer que a Justiça volte a analisar as informações para mostrar que o Marcelo não é culpado", disse.
Investigação - Para o Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), o crime já está esclarecido desde o ano passado. Segundo o DHPP, o garoto, então com 13 anos, usou a pistola .40 da mãe para executar os pais, que eram policiais militares, a avó materna e a tia-avó, e depois se matou com um tiro na cabeça na casa onde a família morava.
Policiais civis do DHPP ouvidos pelo G1 afirmaram nesta segunda-feira que desconhecem a página do Facebook citada pela advogada dos avós paternos de Marcelo. De acordo com eles, durante a investigação, que concluiu que o adolescente matou a família e se suicidou, esta página na rede social não foi investigada.
Uma das provas da polícia para afirmar que o adolescente matou a todos e se suicidou é o laudo psiquiátrico sobre a personalidade do garoto. Ele atesta que o menino sofria de uma doença chamada "encefalopatia hipóxica" (falta de oxigenação no cérebro), que o fez desenvolver um "delírio encapsulado” (ideias delirantes). Além disso, ele teria sido influenciado por jogos violentos de videogame.
Ele é suspeito de matar quatro familiares: o pai, o sargento das Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota) Luís Marcelo Pesseghini, de 40 anos; na mãe, a cabo Andréia Bovo Pesseghini, de 36 anos; na avó materna, Benedita de Oliveira Bovo, de 67 anos; e na tia-avó Bernadete Oliveira da Silva, de 55 anos. O documento foi feito pelo psiquiatra forense Guido Palomba.
Justiça - O trabalho da polícia foi concluído e entregue à Justiça. À pedido da família, o caso foi transferido para a Vara da Infância e Juventude neste mês de julho, onde será analisado. Essa decisão judicial trouxe “nova esperança” à família, segundo a defesa.
A equipe de reportagem conversou por telefone com os avós em março deste ano. "É mentira. É lógico que não foi o Marcelinho", disse a avó paterna de Marcelo, a dona de casa Maria José Uliana Pesseghini, 62.
"Ele amava a todos e jamais faria isso. Sequer sabia atirar ou dirigir", concluiu Maria José.
"Querem culpar o menino porque ele não está mais aqui", completou o avô do adolescente, o aposentado Luís Pesseghini, 65.
Pelo fato de o caso estar na Vara da Infância e Juventude, o Tribunal de Justiça de São Paulo não concede informações sobre o andamento das análises referentes à morte da família.
Por: G1
A equipe de reportagem conversou por telefone com os avós em março deste ano. "É mentira. É lógico que não foi o Marcelinho", disse a avó paterna de Marcelo, a dona de casa Maria José Uliana Pesseghini, 62.
"Ele amava a todos e jamais faria isso. Sequer sabia atirar ou dirigir", concluiu Maria José.
"Querem culpar o menino porque ele não está mais aqui", completou o avô do adolescente, o aposentado Luís Pesseghini, 65.
Pelo fato de o caso estar na Vara da Infância e Juventude, o Tribunal de Justiça de São Paulo não concede informações sobre o andamento das análises referentes à morte da família.
Por: G1
Nenhum comentário:
Postar um comentário