Ela relatou ciúmes do então marido: 'Ele cortou meu cabelo com uma faca'.
Acusado e testemunhas também depõem no 1º Tribunal do Júri de Goiânia.
Acusado e testemunhas também depõem no 1º Tribunal do Júri de Goiânia.
A operadora de caixa Mara Rúbia Guimarães, 27, que teve os olhos perfurados pelo ex-marido, foi a primeira a depor no 1º Tribunal do Júri de Goiânia, nesta sexta-feira (6), em audiência preliminar sobre a tentativa de homicídio sofrida por ela em agosto deste ano. Emocionada, a vítima respondeu as perguntas da promotoria e relatou, chorando, que sempre foi ameaçada pelo acusado.
“Ele dizia: ‘vou te matar, pode ter certeza’”, afirmou Mara Rúbia.
O depoimento da vítima durou cerca de uma hora e dez minutos. Ela contou que o ex-marido tinha muito ciúme e a impedia de ficar na companhia da família. “Eu tinha cabelo enorme, na cintura, e ele cortou com uma faca”, relatou. Ela acrescenta que o acusado não reagiu bem à separação. “Quando eu quis me separar dele, ele não entendia que eu não tinha outro homem. Ele me dizia que um homem bater em uma mulher não era motivo para não gostar mais”.
Mara Rúbia disse em seu depoimento que tentou se afastar do ex-marido, mas ele a perseguia. “Para fugir dele, ano retrasado fui para o Maranhão. Me escondi na fazenda da minha tia. Ele descobriu que eu estava lá. Fiquei sabendo que ele foi atrás de mim, então, eu vim para Goiânia”.
Na tentativa de fugir de Wilson Bicudo, ela afirma que se isolou e precisou se mudar várias vezes. “Eu não trabalhava, não dormia, não comia, não tomava banho, não falava com ninguém. Estava em depressão. Perdi vários empregos, mudei para vários lugares e tive vários endereços”, disse.
Após o depoimento da vítima, outras testemunhas no caso, como a tia dela, Maria Francisca Mori, e o irmão, Mário Lázaro, também responderam às perguntas da promotoria. A sessão é presidida pelo juiz Jesseir Coelho de Alcântara. Está previsto ainda o depoimento do acusado, o ex-marido da vítima, Wilson Bicudo.
Ameaça - A defesa da vítima afirma que às vésperas da sessão, Mara Rúbia e a irmã foram ameaçadas. De acordo com a advogada Darlene Liberato, um desconhecido procurou as duas e chegou a esmurrar o balcão de um comércio ao perceber que a Polícia Militar havia sido acionada.
“Mara estava dormindo dentro de casa e, quando sua irmã chegou, na tarde de [quarta-feira, 5], um homem apareceu perguntando por elas. Assustada, a irmã se fez de desentendida e disse que iria fazer uma ligação para tentar localizá-la. Ela seguiu para uma mercearia de um colega, próxima à casa, e pediu para que a polícia fosse acionada. Nesse momento, o suspeito a seguiu, entrou no local e deu um murro no balcão, fugindo em seguida”, contou Darlene, em entrevista ao G1.
Veja mais detalhes do caso e o vídeo clicando aqui.
Por: G1
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