VEJA
Psicólogos e militantes na luta contra a violência sexual contra menores demonstraram preocupação com aumento de casos de vídeos de sexo entre adolescentes publicados nas redes sociais. Esse temor ficou ainda maior após imagens de um suposto estupro terem sido veiculadas no Facebook. O vídeo mostra supostos adolescentes em cenas de sexo.
A garota estaria completamente embriagada, fora de si, o que caracterizaria sua vulnerabilidade. O conteúdo mostra alguns detalhes que levantam a hipótese de estupro e reforçam a tese de especialistas de que faltam limites para a juventude.
Psicóloga com décadas de trabalho com crianças e adolescentes, Maria Charbel já cuidou de vítimas de situações semelhantes. Jovens que foram expostas a um constrangimento impossível de se medir, e que tiveram vídeos de sexo gravados sem conhecimento publicados para a cidade toda saber.
Conhecedora da lógica que move uma atitude irresponsável como essa, Charbel enumera as possíveis razões para levar um grupo de jovens a ter publicado o vídeo no Facebook: “Por mais absurdo que pareça, na cabeça desse pessoal, eles acham divertido, é uma novidade”, afirma a psicóloga. Outra razão é a tradição da juventude em transgredir as leis: “É natural do jovem essa ‘quebra de limites’, mas neste caso, há um exagero”, alerta Charbel. Há também, segundo a especialista, o mau entendimento dos jovens de que tudo é permitido, inclusive casos extremos como esse: “Isso mostra uma lacuna na estruturação moral destes jovens, ausência ou presença frágil da figura paterna (do pai) para colocar limites internos e externos em muitos casos”.
Para a advogada do Centro da Defesa da Criança e do Adolescente (CEDECA), Isabela da Costa Pinto, há também crime em publicar materiais assim. “É um caso de abuso, sendo o vídeo real. Os responsáveis legais por terem protagonizado a cena, feito o vídeo e publicado o material precisam ser identificados”, afirma Isabela.
Além da punição, o acompanhamento feito por especialistas será necessário, segundo a psicóloga Maria Charbel. “Estes adolescentes vão precisar de um monitoramento de psicólogos e até de psiquiatras, caso necessário, para que possam modificar a compreensão que tinham da vida”, garante Charbel. Ela ainda faz o alerta de que esta atitude, no vídeo abaixo, precisa ser combatida para não fique a impressão equivocada de que tudo isso é possível. O vídeo abaixo foi editado com desfoque na imagem para que pudesse ser publicado, evitando a exposição dos jovens. O conteúdo original é extremamente impróprio, e até a manhã desta sexta 19, circulava sem qualquer bloqueio no facebook, em páginas de funk.
Veja o vídeo (Não recomendado para menores de 18 anos):
Informações: Varella Notícias
Em 24 de Abril de 2013/03:00
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