Conforme a pesquisa, o anti-inflamatório ibuprofeno e o analgésico paracetamol potencializam a possibilidade de infecções bacterianas letais/Reprodução
Um novo estudo realizado pela Universidade do Sul da Austrália (UniSA) revelou que dois dos remédios mais populares no Brasil podem aumentar o risco de morte aos usuários. Conforme a pesquisa, o anti-inflamatório ibuprofeno e o analgésico paracetamol potencializam a possibilidade de infecções bacterianas letais.
De acordo com o jornal O Globo, a infecção pode ser causada pela resistência aos antibióticos, que é considerada como uma das maiores ameaças à saúde humana. Isso porque quando o ibuprofeno e o paracetamol são usados ao mesmo tempo, criam uma espécie de "sistema de imunidade".
A pesquisadora principal do estudo, Ritchie Venter, relatou que a polifarmácia: o uso de vários medicamentos, principalmente em pessoas idosas, pode causar uma resistência das bactérias:
Os antibióticos são vitais há muito tempo no tratamento de doenças infecciosas, mas seu uso excessivo e incorreto generalizado levou a um aumento global de bactérias resistentes. Isso é especialmente prevalente em instalações residenciais para idosos, onde eles têm maior probabilidade de receber prescrição de vários medicamentos, tornando-se um ambiente ideal para a proliferação de bactérias intestinais resistentes a antibióticos”.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) diz que a resistência antimicrobiana é considerada como ameaça à saúde pública, além de ter sido a causa da morte de 1,27 milhão de pessoas ao redor do mundo, em 2019.
- Ibuprofeno;
- Diclofenaco;
- Paracetamol;
- Furosemida;
- Metformina;
- Atorvastatina;
- Tramadol;
- Temazepam;
- Pseudoefedrina.
Ritchie Venter ressalta e alerta sobre o tema para que as pessoas não fiquem alarmistas, afirmando que os medicamentos são seguros, mas precisa ter cuidado:
A resistência aos antibióticos não diz respeito mais apenas aos antibióticos. Este estudo é um lembrete claro de que precisamos considerar cuidadosamente os riscos do uso de múltiplos medicamentos. Isso não significa que devemos parar de usar, mas precisamos estar mais atentos à forma como eles interagem com os antibióticos. Isso inclui olhar além das combinações de dois medicamentos”.
Estudos mais específicos estão sendo realizados para avançar no conhecimento para comprovar a ligação entre os efeitos e a eficácia dos medicamentos.
Itarantim Agora

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