CONFIRA A CONFISSÃO DE MAICOL SOBRE O ASSASSINATO DE VITÓRIA REGINA EM CAJAMAR/SP (VEJA VÍDEO/GN - NOTÍCIAS)

Ele relata que Vitória morreu rápido e não chegou a gritar/Reprodução



O caso do assassinato da adolescente Vitória Regina de Souza, de 17 anos, ganhou novos contornos após a divulgação de imagens do depoimento de Maicol Antônio Sales dos Santos, de 23 anos, preso pelo crime. No vídeo, obtido pelo portal Metrópoles, Maicol descreve como deixou o corpo da jovem em uma área de mata em Cajamar, na Grande São Paulo, onde ela foi encontrada após seis dias de buscas. Ele também relatou temer represálias dentro da prisão e nega ter arrancado o couro cabeludo da vítima, como chegou a ser cogitado.



Nas imagens, é possível ver Maicol de costas, em uma sala com um escrivão e ao menos outros dois policiais. Em um trecho do vídeo a polícia pergunta se ele foi ameaçado. Ele diz que sofreu ameaças “dos presos e do pessoal lá fora”. Ele também confessa que enterrou o corpo e diz que agiu sozinho. Questionado sobre se os outros investigados pelo crime, como Gustavo Vinícius, ex da vítima, e Daniel Lucas Pereira, tiveram participação no caso, ele nega.

O preso também diz que não tem passagens pela polícia. Ele nega integrar facções criminosas e diz que nunca tinha pisado em uma delegacia. De acordo com outros detalhes da confissão à polícia, Maicol atraiu a jovem ao seu carro, um Corolla Prata, oferecendo uma carona e começou a questioná-la sobre um suposto envolvimento passado.

Apesar da confissão à Polícia Civil, a defesa de Maicol afirma que o procedimento foi irregular e pode pedir a anulação do depoimento, alegando que o suspeito estava sem assistência dos advogados no momento do interrogatório. A defesa também entrou com um pedido de habeas corpus para que ele responda ao processo em liberdade, sustentando que Maicol tem residência fixa, é réu primário e colaborou com a investigação ao apresentar espontaneamente seu veículo para perícia.

Maicol também disse que matou Vitória com dois golpes de faca. Segundo Maicol, após uma discussão, Vitória desferiu tapas e arranhões contra ele, que acabou pegando um objeto cortante do lado do banco motorista e golpeando a vítima.

O preso relatou que a vítima morreu rápido e não chegou a gritar por causa da gravidade dos ferimentos. Um golpe atingiu o pescoço e outro, o peito. Apesar de contar que a vítima morreu com dois golpes, o laudo pericial do IML aponta que Vitória tinha três perfurações.

No entanto, os advogados de defesa contestam a confissão e alegam que foram impedidos de conversar com Maicol antes do depoimento. Afirmam ainda que, no momento em que saíram da delegacia, ele teria sido interrogado e confessado sob a supervisão de uma advogada nomeada pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Segundo a defesa, isso configura uma manobra da polícia para formalizar o depoimento, mesmo após a retirada dos advogados originais do caso.

“Provavelmente vamos solicitar a anulação da confissão. Maicol se apresentou espontaneamente, ofereceu seu carro para perícia e não representa risco à sociedade”, disse a equipe de defesa em nota.



Por: Portal Tucumã

 

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