A menina teve o rosto desfigurado pela violência dos golpes; Acusado foi preso bebendo em um bar e contando os detalhes do crime as pessoas/Reprodução
O laudo do Instituto Médico Legal (IML) trouxe detalhes macabros sobre o assassinato da menina Ana Sofia, de 7 anos, e seus avós, Maria, de 77, e João Francisco, de 68, encontrados mortos em sua casa no povoado Cajaíba, zona rural de Teresina, no Piauí, na última terça-feira (7). A criança foi estuprada antes de ser morta a pauladas, em um crime de extrema violência.
De acordo com o delegado Francisco Costa, o conhecido “Baretta”, o avô de Ana Sofia, João Francisco, teria presenciado o estupro e tentou intervir, sendo brutalmente assassinado pelo suspeito, Clenilson Sousa Santos. A avó Maria também se lançou à defesa da neta, mas foi fatalmente atingida por facadas no rosto, tórax e braços.
Clenilson foi detido pela polícia e está sendo investigado pelos homicídios duplos e o estupro, com a polícia trabalhando para esclarecer todas as motivações por trás desse ato bárbaro.
“O laudo da pericia e a investigação criminal aponta que Clenilson entrou na madrugada de segunda na casa dos idosos com uma lanterna e um pedaço de madeira de 90 centímetros e foi sorrateiramente ao quarto da criança. Ao ouvir os gritos da neta sendo violentada, o avô da menina entrou no quarto e tentou impedir o suspeito. Clenilson o golpeou com a faca em seu pescoço, quase o degolou”, explicou o delegado.
Todas as vítimas, segundo o delegado, também foram espancadas com o pedaço de madeira. A menina teve o rosto desfigurado pela violência dos golpes.
Segundo o delegado Baretta, o crime foi premeditado, e Clenilson Sousa Santos, suspeito do crime, já teria tentado estuprar a vítima outra vez, ainda quando morava na casa com a família. Conforme as investigações, o suspeito tinha um relacionamento com a mãe da criança. Os dois se conheceram em um abrigo para dependentes químicos na capital e, quando saíram, ela o levou para a casa dos idosos.
Ainda segundo o delegado, o homem confessou os assassinatos em seu depoimento à polícia e disse que sentia raiva da família por ter o expulso de casa e pela filha do casal de idosos, mãe da menina estuprada, ter terminado o relacionamento com ele. Mas não confessou que tenha cometido estupro.
Depois de ser expulso, Clenilson se mudou para uma casa em frente à residência dos idosos, onde ficou por dois meses. Segundo a polícia, ele planejou o crime e o executou na madrugada da última segunda-feira (6). A mãe da criança, segundo o delegado Baretta, é usuária de drogas e não tem residência fixa.
Após os assassinatos, o suspeito relatou à polícia que fez uma espécie de “ritual” em que levantou as mãos ao céu. A polícia apreendeu, na casa em que o crime aconteceu, a lanterna utilizada por ele, um pedaço de pau e duas facas. O material genético encontrado na lanterna coincide com o dele.
Ainda segundo Barêtta, Clenilson é suspeito de outros dois homicídios no Maranhão e no Ceará. O delegado, no entanto, não deu detalhes sobre esses crimes.
Portal Tucumã
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