OPERAÇÃO DA PF PRENDE 14 PESSOAS SUSPEITAS DE FRAUDES NO INSS EM ALAGOAS (GN - AL)

Organização criminosa falsificava documentos para obter benefícios na Previdência Social/Foto: Polícia Federal


Foi deflagrada, nesta quinta-feira (12), a segunda fase da Operação Marechal, da Polícia Federal de Alagoas (PF). Diante disso, foram cumpridos 14 mandados de prisão, sendo 13 efetivados, e 20 buscas e apreensões no município de Marechal Deodoro e na capital alagoana. A operação mira fraudes em benefícios do Instituto Nacional de Seguro Social (INSS) que somaram, até o momento, um prejuízo no valor de R$ 9 milhões.


A operação contou com 95 agentes da PF e do setor de inteligência do INSS. Quatro dos investigados são servidores do INSS, mas somente um deles foi preso devido à natureza do caso. Os outros três foram afastados cautelarmente e passam por processo administrativo que pode levar à demissão. Os crimes, no entanto, são de peculato, falsidade ideológica, corrupção ativa e passiva e outros, somando 30 anos ou mais de prisão.

Dos 14 mandados de prisão expedidos, 13 foram cumpridos e o outro está foragido da justiça. 193 benefícios foram bloqueados. Além disso, vários outros serão auditados pela própria Previdência e podem ser anulados.

"Calcula-se que eles recebiam R$ 160 mil ao mês, já com o prejuízo calculado de mais de 9 milhões de reais. A projeção, contudo, se eles não tivessem sido descobertos pela polícia e pela Secretaria Especial da Previdência, seria de mais de 51 milhões de reais", contou o superintendente da Polícia Federal, Érico Barbosa.

A Organização Criminosa trabalhava com a criação de documentos falsos para entrar com pedidos de benefícios no INSS. Um dos investigados, por exemplo, recebia benefício por invalidez devido à amputação de uma perna. Durante a investigação, foi constatado que o homem tinha o membro perfeitamente funcional.

"Esse momento agora é o de maior produção de provas, quando nós conseguimos ouvir os envolvidos, conseguimos angariar mais elementos de provas nas residências e nos locais de buscas, como documentos e informações eletrônicas", disse o superintendente.

A Polícia Federal afirma que a Operação segue em andamento, e que pode levar à outros suspeitos e desdobramentos.

Gazeta Web

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