SAIBA MAIS - BUROCRACIA E FALTA DE INFORMAÇÃO DIFICULTAM ACESSO AO SEGURO DPVAT (GN - BRASIL)

Benefício é um direito de todas as vítimas de acidente de trânsito no país, mas muitas vezes elas deixam de recebê-lo/Divulgação


Os acidentes de trânsito continuam fazendo muitas vítimas no Brasil, mesmo com os constantes trabalhos de fiscalização e conscientização realizados pelas autoridades competentes. Reflexo da imprudência nas estradas é o número de indenizações pagas, todos os anos, por meio do Seguro de Danos Pessoais Causados por Veículos Automotores de Vias Terrestres (DPVAT). Só em 2016, foram quase 435 mil benefícios concedidos a vítimas ou familiares de vítimas de sinistros. No primeiro semestre de 2017, esse número passou de 192 mil. 


Apesar de bastante alto, esse quantitativo poderia ser bem maior se as informações sobre o "seguro obrigatório" - como é mais conhecido - fossem melhor difundidas. Muitas pessoas deixam de receber o valor ao qual têm direito por falta de conhecimento. Outras até recebem, mas pagam a um advogado para que ele providencie a documentação e dê entrada no DPVAT. Por fim, há ainda aqueles que desistem do direito por achar o procedimento muito burocrático.

O DPVAT cobre os gastos com despesas médicas (DAMs), indeniza por invalidez permanente e por morte no trânsito. É um seguro ao qual ninguém quer recorrer, mas que torna-se estritamente importante diante dos problemas provenientes dos sinistros ocorridos em todo o país. É um valor simbólico perante a saúde e a vida - que não têm preço - mas que pode ajudar as vítimas de acidentes e seus familiares em um momento de extrema dificuldade emocional e, muitas vezes, financeira. 

A estudante Carla Souza, de 18 anos, é um exemplo disso. Ela voltava da cidade de Arapiraca, no Agreste de Alagoas, após uma tarde de estudos no curso preparatório para o vestibular. Cansada da maratona de aulas, cochilava em uma das poltronas do coletivo que seguia para o município de Junqueiro. Era uma quinta-feira, 30 de março de 2017, por volta das 19h, quando dois ônibus escolares se chocaram em um trecho da rodovia AL-110, no município de São Sebastião, deixando seis pessoas mortas e dezenas de feridas - entre elas, estava Carla, que custou a acreditar no que estava acontecendo. 

"Lembro-me de acordar, ter visto muitas pessoas desesperadas, gritando, todas ensanguentadas, várias mochilas no chão. Quando pulei pela janela percebi que tinha acontecido algo muito grave, só não tinha noção do que seria, já que estava meio em êxtase devido a tudo aquilo. Não tinha sentido nenhuma dor, nada. Fui socorrida e levada para o hospital de São Sebastião. Depois, meus familiares me levaram para a Unidade de Emergência do Agreste, em Arapiraca, pois havia sofrido uma fratura séria no nariz", relembra.

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Por: Gazeta Web

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