Segundo o 'Estado de S.Paulo', investigação viu indícios de falha humana.
Acidente que matou o presidenciável completou cinco meses nesta semana.
Acidente que matou o presidenciável completou cinco meses nesta semana.
Investigação da Aeronáutica sobre o acidente que matou o então candidato à Presidência Eduardo Campos em agosto de 2014 aponta para uma sequência de erros cometidos pelo piloto, segundo reportagem do jornal "O Estado de S.Paulo" publicada nesta sexta-feira (16).
De acordo com a reportagem, o principal fator que interferiu na tragédia foi uma falha do piloto, Marcos Martins, que se confundiu durante o procedimento de arremetida. Outros fatores que contribuíram foram falhas no treinamento dos pilotos para operar o modelo do avião e também uma falta de coordenação da cabine, já que o comandante e o copiloto não estavam se entendendo.
O G1 confirmou que a investigação apontou estes fatores. Além disso, segundo apuração do G1, a investigação diz que o piloto, ao perceber que estava caindo, tentou recuperar altitude e impedir a queda. E também apontou que o jato caiu em baixa velocidade.
Na análise do "nariz" do Cessna, o ângulo de colisão do avião com o chão levou os investigadores a concluir que os pilotos estavam buscando evitar o choque contra o chão e elevar a altitude. Entre outros fatores que corroboram a tese, estão fotos e vídeos da colisão do avião contra o telhado de uma casa e um prédio antes de bater contra o chão. O conjunto de provas levou a apuração a entender que o Cessna não estava “caindo como um meteoro”.
Segundo o que o G1 apurou, a investigação concluiu que o avião, que pode atingir até 800 km/h, caiu em baixa velocidade: cerca de 230 km/h. A maior possibilidade é que ele tenha entrado em situação de estol (perda de sustentação) devido à desorientação espacial do comandante Martins.
Martins sobrevoou a pista de Santos (litoral de São Paulo) em alta altitude e ainda com o trem de pouso recolhido, sem condições para pouso. Decidiu arremeter e tentar novamente o pouso, acompanhando a pista visualmente, quando se perdeu.
Verificações detalhadas das partes da aeronave, que foram totalmente queimadas no acidente, mostram ainda que o trem de pouso e os flaps estavam recolhidos no momento da queda.
Veja a íntegra da nota da família de Campos sobre as conclusões:
"NOTA
Com referência a matéria publicada no Jornal O Estado de São Paulo, nesta sexta-feira, 16/01/2015, sobre as causas do acidente aéreo que vitimou Eduardo Campos, estando habilitado nos autos como familiar da vítima e advogado, tenho a registrar o seguinte:
1- É estranho que se tenha acesso às investigações da Aeronáutica e se divulgue conclusões antes da divulgação pelo órgão competente.
2- Os laudos da Aeronáutica e do Cenipa (Centro de Prevenção de Acidentes Aéreos) tratam de possibilidades quanto a causa de acidentes e não são conclusivos, conforme é a técnica de tais laudos, primando eles por recomendações quanto a procedimentos de prevenção de acidentes aéreos. O Cenipa não está fazendo todas as perícias do caso e não pode ter uma visão global do acidente.
3- Na data de ontem, 15/01/2015, tive uma audiência com o Procurador da República Thiago Nobre, na cidade de Santos, que prometeu a conclusão, possivelmente, do inquérito policial e civil para fevereiro/2015, pois ainda aguarda a conclusão de perícias e estas poderão ainda não ser definitivas sobre o caso, podendo ter provas complementares. Ele é o Procurador responsável pelo caso, tendo na Polícia Federal o Delegado Rubens Maleiner como a autoridade policial responsável pelo inquérito policial, que ainda não o concluiu.
4- Após a divulgação oficial das conclusões das investigações da Aeronáutica, bem como a conclusão dos inquéritos civil e criminal em curso, iremos nos pronunciar sobre as causas do acidente. Até lá, é prematura a conclusão noticiada, até porque está pendente de conclusão relevantes perícias.
Antônio Campos
Advogado
OAB/PE 12.310"
Veja mais e o vídeo com matéria aqui.
De acordo com a reportagem, o principal fator que interferiu na tragédia foi uma falha do piloto, Marcos Martins, que se confundiu durante o procedimento de arremetida. Outros fatores que contribuíram foram falhas no treinamento dos pilotos para operar o modelo do avião e também uma falta de coordenação da cabine, já que o comandante e o copiloto não estavam se entendendo.
O G1 confirmou que a investigação apontou estes fatores. Além disso, segundo apuração do G1, a investigação diz que o piloto, ao perceber que estava caindo, tentou recuperar altitude e impedir a queda. E também apontou que o jato caiu em baixa velocidade.
Na análise do "nariz" do Cessna, o ângulo de colisão do avião com o chão levou os investigadores a concluir que os pilotos estavam buscando evitar o choque contra o chão e elevar a altitude. Entre outros fatores que corroboram a tese, estão fotos e vídeos da colisão do avião contra o telhado de uma casa e um prédio antes de bater contra o chão. O conjunto de provas levou a apuração a entender que o Cessna não estava “caindo como um meteoro”.
Segundo o que o G1 apurou, a investigação concluiu que o avião, que pode atingir até 800 km/h, caiu em baixa velocidade: cerca de 230 km/h. A maior possibilidade é que ele tenha entrado em situação de estol (perda de sustentação) devido à desorientação espacial do comandante Martins.
Martins sobrevoou a pista de Santos (litoral de São Paulo) em alta altitude e ainda com o trem de pouso recolhido, sem condições para pouso. Decidiu arremeter e tentar novamente o pouso, acompanhando a pista visualmente, quando se perdeu.
Verificações detalhadas das partes da aeronave, que foram totalmente queimadas no acidente, mostram ainda que o trem de pouso e os flaps estavam recolhidos no momento da queda.
Veja a íntegra da nota da família de Campos sobre as conclusões:
"NOTA
Com referência a matéria publicada no Jornal O Estado de São Paulo, nesta sexta-feira, 16/01/2015, sobre as causas do acidente aéreo que vitimou Eduardo Campos, estando habilitado nos autos como familiar da vítima e advogado, tenho a registrar o seguinte:
1- É estranho que se tenha acesso às investigações da Aeronáutica e se divulgue conclusões antes da divulgação pelo órgão competente.
2- Os laudos da Aeronáutica e do Cenipa (Centro de Prevenção de Acidentes Aéreos) tratam de possibilidades quanto a causa de acidentes e não são conclusivos, conforme é a técnica de tais laudos, primando eles por recomendações quanto a procedimentos de prevenção de acidentes aéreos. O Cenipa não está fazendo todas as perícias do caso e não pode ter uma visão global do acidente.
3- Na data de ontem, 15/01/2015, tive uma audiência com o Procurador da República Thiago Nobre, na cidade de Santos, que prometeu a conclusão, possivelmente, do inquérito policial e civil para fevereiro/2015, pois ainda aguarda a conclusão de perícias e estas poderão ainda não ser definitivas sobre o caso, podendo ter provas complementares. Ele é o Procurador responsável pelo caso, tendo na Polícia Federal o Delegado Rubens Maleiner como a autoridade policial responsável pelo inquérito policial, que ainda não o concluiu.
4- Após a divulgação oficial das conclusões das investigações da Aeronáutica, bem como a conclusão dos inquéritos civil e criminal em curso, iremos nos pronunciar sobre as causas do acidente. Até lá, é prematura a conclusão noticiada, até porque está pendente de conclusão relevantes perícias.
Antônio Campos
Advogado
OAB/PE 12.310"
Veja mais e o vídeo com matéria aqui.
IMAGEM EXATA DO ACIDENTE - Veja o vídeo do momento da queda clicando aqui.
Por: G1
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