Valdir foi morto com vários disparos de arma de fogo na noite desse domingo, no bairro de Ponta Grossa; família faz apelo por justiça/Foto: Ricardo Lêdo (Gazeta de Alagoas)
O corpo do sargento da reserva remunerada PM-AL, Valdir José da Silva, executado nesse domingo (6), na Ponta Grossa, foi sepultado na tarde desta segunda-feira (7), no cemitério de São José, localizado no bairro do Trapiche da Barra. Apesar de ter dedicado boa parte da vida a servir à corporação, a cerimônia do policial que estava aposentado contou apenas com a presença de familiares e de alguns poucos colegas de farda. Nenhum representante do comando da Polícia Militar ou da Secretaria de Segurança Pública de Alagoas (SSP/AL) esteve presente.
Durante a reservada cerimônia fúnebre, um dos amigos do ex-militar ressaltou o caráter da vítima de homicídio, destacando a amizade construída ainda na época do colegial. "Conheço o Valdir desde criança. Perdemos o contato com o passar do tempo, mas sempre o admirei por manter-se preocupado com os amigos e por ter vestir a farda da polícia com coragem", relatou o amigo, que não se identificou, sobre o militar que deixou esposa e três filhos - o mais novo deles é uma menina de apenas nove anos de idade.
O militar foi morto com mais de 10 tiros. Na manhã desta segunda-feira, antes de o corpo ser liberado pelo Instituto Médico Legal (IML), familiares da vítima relataram não ter a quem atribuir o crime, tampouco a motivação do mesmo. Contudo, em meio a lágrimas, cobraram das autoridades uma investigação célere e que resulte na prisão dos responsáveis pelo homicídio.
De acordo com Adriana Lúcia da Silva, mulher do militar, Valdir deixou a ativa após sofrer um acidente de moto, há cerca de três anos. Ele atuava no Batalhão de Polícia de Trânsito (BPTran) e, segundo ela, não tinha inimigos. A mulher também revelou que os dois eram casados há cerca de nove anos e que o marido estava em um estabelecimento nas imediações de sua casa quando foi surpreendido por dois criminosos.
A execução
Valdir José da Silva foi morto no começo da noite desse domingo (6), na Rua Paissandu, localizada na Ponta Grossa, em Maceió. O policial foi atingido por mais de 10 tiros e teve sua arma de fogo levada pelos bandidos.
Na ação criminosa, Jô Tenório Costa da Silva, de 52 anos, também foi baleada. Ela foi socorrida por um taxista até o Hospital Geral do Estado (HGE). De acordo com testemunhas, o militar conversava com alguns amigos quando foi surpreendido por dois homens numa moto. Valdir não resistiu aos ferimentos e morreu no local da ocorrência.
Por: Gazeta Web
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