MAIS DA METADE DAS MULHERES COM INCONTINÊNCIA URINÁRIA NÃO PROCURAM TRATAMENTO MÉDICO (GN - SAÚDE)

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Disfunção, seja urinária ou anal, ainda é tratada como tabu pela sociedade e afeta a qualidade de vida e o convívio social; fisioterapia é considerada a primeira linha de tratamento do distúrbio.


A vontade é involuntária. O controle diante do desejo de ir ao banheiro tão naturalmente incorporado no cotidiano das pessoas vai sendo substituído pela perda despercebida de urina, gases e até fezes. São mais de 5% de homens e mulheres, dez milhões de pessoas, que sofrem atualmente com incontinência urinária em todo o país, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) e mais da metade de pacientes do sexo feminino ainda não procuram tratamento médico adequado, seja por vergonha ou não reconhecimento da disfunção.

Pouco a pouco, o impacto na qualidade de vida e no convívio social transforma por completo a rotina de quem vivencia o distúrbio em silêncio. Mais do que as limitações em níveis físicos, como a dificuldade de carregar peso e até praticar alguns esportes, a incontinência – seja ela urinária ou anal, quando não tratada, vem acompanhada de alterações na autoestima e nas atividades pessoais e profissionais, desde o medo a frequentar lugares públicos, viajar, dormir fora de casa à problemas na relação social, vida sexual e, inclusive, no sono dos pacientes.

Hoje a fisioterapia pélvica é considerada a primeira linha de tratamento para as duas modalidades de incontinência, que já reconhecida como problema de saúde pública. Com técnicas de terapia comportamental e reabilitação da musculatura, os exercícios fisioterapêuticos orientam e reeducam o paciente sobre o funcionamento da toda área pélvica evitando, muitas vezes, que a disfunção torne-se um caso cirúrgico, como explica a especialista em uroginecologia e proctologia, Mariana Ferro.

“A incontinência pode ocorrer tanto em homens quanto em mulheres de todas as faixas etárias. Infelizmente, ainda existe um tabu muito grande diante do tema, o que acaba criando um receio das pessoas em buscarem tratamento por vergonha, por não admitir a disfunção ou até questões culturais. Em contrapartida, a fisioterapia já assegura uma série de possibilidades à quem sofre dessa disfunção com tratamentos mais simples, como mudanças de hábitos ao fortalecimento da musculatura pélvica por meio de aparelhos modernos, como o biofeedback”, pontua a fisioterapeuta.

Mulheres: público mais comum

Os fatores causadores do distúrbio são os mais variados e os públicos acometidos vão de homens a mulheres em diferentes idades. Apesar disso, em ambos os casos de incontinência – urinária ou anal – o sexo feminino ainda é o mais acometido pela disfunção que chega a ser atingido duas vezes mais em casos de urinária e de sete a oito vezes se for anal, quando se comparado ao sexo masculino.

Por: Assessoria

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