ALAGOAS TEVE 12 CONFLITOS POR TERRA E DUAS MORTES DE LIDERANÇAS NO CAMPO EM 2016 (GN - AL)

Relatório divulgado pela CPT mostra cidades onde conflitos aconteceram e número de famílias envolvidas/Arquivo


Números do levantamento de Conflitos no Campo Brasil 2016 - divulgados nesta segunda-feira (17), mostram que mais de 3,6 mil famílias estão envolvidas em disputa por terra em Alagoas. Os dados, consolidados pela Comissão Pastoral da Terra (CPT), revelam que no ano passado duas lideranças de movimentos foram assassinadas no estado. O relatório é extenso e traz uma análise de todo o Brasil. O trabalho mostra também o aumento na disputas por terra no país, resultando, com isso, na escalada da violência no campo.


Conforme o relatório, aconteceram em Alagoas, no ano de 2016, 12 conflitos por terras localizadas nas cidades de Rio Largo, Porto Real do Colégio, São Brás, Poço das Trincheiras, Palmeira dos Índios, Messias, Japaratinga, Coruripe, Teotônio Vilela, e Joaquim Gomes. Neste último município, há mais de um conflito. Do total apresentado pela CPT, 3.644 famílias estão envolvidas na luta do campo. Ainda segundo os números, são mais de 18,5 mil pessoas que vivem nos acampamentos espalhados no estado.  

Do quadro de conflitos em Alagoas, nove foram realizados por integrantes de movimentos sem terra, já os demais são de assentados e indígenas. Inclusive, João Natalício dos Santos Xukuru-Kariri, líder de uma tribo na cidade de Palmeira dos Índios, foi assassinado em outubro de 2016. A outra liderança morta foi Edmílson Alves da Silva, assassinado em Japaratinga, no Litoral Norte de Alagoas. O caso foi registrado em janeiro de 2016.  

Ainda segundo a CPT, a morte do  Xukuru-Kariri  está ligada à atuação pela reforma agrária. Ele foi morto a facada e a tiros, por dois suspeitos que até hoje não foram identificados. João Natalício estava saindo de casa quando foi executado. Já Edmilson foi morto a tiro. Ele era liderança do Movimento de Libertação dos Sem-Terra.

Por: Gazeta web

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