APÓS 10 ANOS DA LEI MARIA DA PENHA, ALAGOAS TÊM ALTOS ÍNDICES DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA (GN - AL)

Só nos seis primeiros meses deste ano, foram registrados 2.501 casos; 925 casos são de violência contra a mulher/Foto: Jobson Barros


"Fui ameaçada e apanhei na cara por 23 anos. Não aguentei mais". O desabafo é de Lenira Paulino da Silva, 42 anos, mãe de três filhos e uma das milhares de mulheres agredidas em Maceió/AL.


Dez anos depois da sanção da Lei Maria da Penha, o número de denúncias de casos de violência doméstica só cresce na capital. Só nos seis primeiros meses deste ano, foram registrados 2.501 casos, sendo, 925 relativos à lei. 

A Gazetaweb esteve na 1ª Delegacia Especial de Defesa dos Direitos da Mulher, no Centro, e conversou com a delegada Fabiana Leão. Segundo ela, a violência contra mulheres, comumente, é um ato progressivo, que começa com uma ameaça e pode chegar até a morte. 

Apesar dos altos índices, a delegada diz que a Lei Maria da Penha é uma das leis mais avançadas do mundo, reconhecida até pela Organização das Nações Unidas (ONU). 

"Conseguimos, com esta lei, efetivar medidas protetivas de urgência, como o afastamento do agressor, pagamento de pensão e guarda dos filhos. Além disso, conquistamos a criação de uma rede com conselhos, que tomam decisões importantes em defesa da mulher, a criação de varas e divisão de áreas no âmbito policial. Mas, não conseguimos a estruturação do aparato estatal, que não se adaptou à lei, com delegacias bastante equipadas e equipes multidisciplinares. Isso é uma realidade nacional", explica a delegada.

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Por: Gazeta Web

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