Pleno acatou abertura de processo administrativo e disciplinar contra o desembargador. Os pedidos se referem ainda a suposta interferência do presidente do TJ/AL em processos contra a filha dele, Melina Freitas, quando ela esteve à frente da prefeitura de Piranhas/AL.
O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) decidiu pela abertura de processo administrativo e disciplinar contra o desembargador Washington Luiz, presidente do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ/AL). O colegiado decidiu ainda pelo afastamento do magistrado do cargo durante as investigações.
Segundo a assessoria de Comunicação do CNJ, a decisão se deu em parte dos processos que têm como alvo o desembargador e que estão sendo analisados na tarde desta terça-feira, 28, no Pleno.
Ainda de acordo com a assessoria, ainda serão designados relatores para os processos e a oitiva de testemunhas. Somente ao final dos procedimentos, se for o caso, será estabelecida a sanção definitiva ao presidente do TJ.
Conforme lembrou o Blog do Vilar na tarde de ontem, na sessão de dezembro do ano passado, a corregedora do Conselho Nancy Andrighi, já havia proposto a abertura de mais três processos administrativos disciplinares (PAD) contra Washington Luiz. O julgamento teve início em 2015, mas foi interrompido.
Entre os pedidos está à solicitação de apuração acerca da suposta participação do desembargador em um cartel da merenda escolar em vários municípios dos estados de Alagoas, Rio Grande do Sul e São Paulo.
Os pedidos se referem ainda a suposta interferência do presidente do TJ/AL em processos contra a filha dele, Melina Freitas, quando ela esteve à frente da prefeitura de Piranhas; contra o prefeito de Marechal Deodoro, Cristiano Matheus, que é ex-genro do desembargador; e a denúncia de que o chefe do Poder Judiciário alagoano teria participação em eventos que culminaram em três pessoas entre os anos de 2009 e 2013.
Por: Vanessa Alencar | Cada Minuto
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